Outros casos
Gansos na delegacia e cães no batalhão
Outro animal usado para a segurança é o ganso. A Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos de Curitiba, na Vila Izabel, tem 23 deles. O delegado Marco Antônio de Góes diz que o objetivo de criar os animais na delegacia não é a segurança em si, mas o "ornamento", pela desenvoltura dos animais. Como é de praxe, porém, que eles façam barulhos diante de qualquer anormalidade, o sinal de alerta auxilia os policiais.
Já o 1.º Batalhão de Polícia Militar em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, conta com a ajuda de 15 cães de várias raças. Eles passam por treinamentos e cuidados médicos para auxiliarem em ações como controle de rebeliões, de confrontos civis, de localização de drogas, de foragidos ou de pessoas desaparecidas. Dias atrás, um cão conseguiu indicar a localização de um foragido pelo faro de um chinelo usado pelo criminoso.
Eles não metem medo como os cães rottweiler, nem são tão barulhentos quanto os gansos, mas também podem ser úteis na guarda de presos. Com seu jeito bucólico, os caprinos criados no minipresídio Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, têm duas funções: comem o mato, ajudando a manter o prédio limpo, e alertam os guardas quando há tumulto nas celas. Isso porque vivem em grupo quando se sentem ameaçados e se mantêm afastados da ala quando há alguma coisa errada.
O primeiro cabrito chegou ao final de 2010, fruto de uma doação. Para os funcionários, o bicho era útil porque comia o mato e mantinha o prédio livre de aranhas e escorpiões.
Mais caprinos, então, foram adquiridos e hoje eles somam 11, entre eles, está o mais temido pelos presos: o bode preto Lúcifer, cujo apelido partiu de dentro das próprias celas. Ele é chamado de alcaguete espião da polícia, na gíria carcerária porque numa certa ocasião ficou próximo de uma cela onde estava sendo feita uma escavação pelos detentos que planejavam uma fuga. O comportamento do animal levou os policiais a fazerem uma vistoria surpresa e o buraco foi encontrado.
Vigilantes pioneiros
Os animais vivem num cercado interno que contorna o prédio. Lá eles passeiam livremente e recebem comida e água. Quando se reúnem em grupos ou rejeitam alguma determinada ala, os carcereiros vistoriam as celas. Coincidência ou não, desde a chegada do primeiro animal não ocorreram fugas na cadeia.
A administração da unidade disse que não conhece precedentes no uso de caprinos para a segurança de presídios. O coordenador do curso de Medicina Veterinária do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais (Cescage), Raimundo Jorge Pereira, comentou que também não sabe de casos anteriores. Ele acrescenta que cabras e bodes são animais muito dóceis e de fácil convívio com os homens. "Por serem muito dóceis, é comum eles se reunirem em grupos quando sentem que estão em perigo. Eles não têm o dom da inteligência, mas sabem que se estiverem juntos os riscos são menores", explica. Por isso, aponta Pereira, não é de se estranhar que os animais se agrupem no cercado da cadeia quando pressentem tumulto vindo das celas.
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