Antes de Osmar Serraglio ser eleito em fevereiro, o cargo de primeiro-secretário da Câmara dos Deputados só havia sido ocupado por um paranaense uma vez, há 65 anos. O precursor foi Bento Munhoz da Rocha, entre 1946 e 1950.
O então deputado constituinte era um dos políticos mais influentes da época. Entre os principais feitos como parlamentar, encabeçou a extinção do território do Iguaçu. Depois dele, nenhum representante do estado ocupou algum cargo relevante na Mesa Diretora.
Bento era filho de Caetano Munhoz da Rocha, que governou o Paraná por dois mandatos. Em 1950, seguiu os passos do pai e assumiu o Palácio Iguaçu. Tentou ser candidato a vice-presidente e, em 1956, foi nomeado ministro da Agricultura pelo presidente Café Filho.
Serraglio conhece bem a trajetória do antecessor, mas é tímido ao falar do futuro. Diz que não se vê como governador. "Na verdade, acho que sou muito mais um homem do Poder Legislativo que do Executivo", explica. Antes de ser deputado federal, foi vice-prefeito de Umuarama. Apesar dos quase três meses como primeiro-secretário, não sabe dizer o que é mais difícil administrar a cidade do interior ou o funcionamento da Câmara dos Deputados. (AG)
