• Carregando...

São Paulo – O promotor Luiz Fernando Vaggione apresentou ontem denúncia (acusação formal) contra a advogada Carla Cepollina, suspeita de ter matado o namorado, o coronel da reserva da PM e deputado estadual Ubiratan Guimarães, 63 anos. O crime ocorreu em setembro último.

Para Vaggione, o crime foi cometido por vingança, porque Carla viu que o relacionamento amoroso "estava em decadência". Como agravantes, o promotor atribuiu motivo torpe e dificuldade de defesa da vítima. Caberá à Justiça aceitar ou não a denúncia. Se for aceita, a advogada será processada.

A mãe de Carla, Liliana Prinzivalli, que também é advogada, esteve presente ao anúncio do promotor. Ela interrompeu Vaggione por diversas vezes, contestando a acusação.

Ela afirmou ter protocolado na Corregedoria da Polícia e na Corregedoria do Tribunal de Justiça denúncia de abusos de autoridade contra os delegados do caso e também contra o promotor. De acordo com ela, o abuso de autoridade ocorreu quando os policiais entraram em sua casa, na noite de 25 de setembro, e apreenderam armas – que seriam de seu pai, Luigi Prinzivalli, que morreu em 2002.

Na ocasião, Liliana foi presa em flagrante e autuada por posse irregular de armas. Ela foi liberada pela polícia depois de pagar fiança.

Passaporte

Vaggione disse que a prisão de Carla acontecerá caso ela não entregue seu passaporte italiano.

A advogada tem dupla cidadania e o promotor disse temer que ela saia do país.

"Nossas fronteiras são vulneráveis. Ela (Carla) fez a entrega maliciosamente só do passaporte brasileiro. O passaporte italiano será solicitado em prazo razoável para a entrega. Se ela não entregar o passaporte, eu peço a prisão", disse o promotor.

O pedido do passaporte, de acordo com Vaggione, foi entregue à Justiça juntamente com a denúncia. Carla deve ser citada pela Justiça e o prazo para a entrega do passaporte deve ser de 48 a 72 horas.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]