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Como todo trabalhador, os animais que atuam na segurança pública têm direito à aposentadoria. Com os cachorros (que prestam serviços em média por seis anos) é comum os próprios policiais com quem os animais trabalham adotá-los. É o caso do labrador Tyson, de nove anos, que há dois deixou a busca de drogas – detectava maconha, cocaína, haxixe e crack – para viver na casa do investigador Alfredo Müller Neto, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil.

Müller afirma que a prioridade nas doações é do próprio policial com quem o animal trabalha. "A gente cria um vínculo muito grande com o cão. Muitas vezes, no trabalho, é ele quem nos conforta e por isso merece toda atenção quando pára de trabalhar."

Os cavalos ficam à disposição da PM por cerca de 15 dos em média 25 anos de vida. Quando se aposentam, passam a integrar programas sociais, como a eqüoterapia (ver texto ao lado). Mas também podem ser encaminhados ao haras da corporação em Almirante Tamandaré, na região metropolitana, ou doados para criadores particulares. "Nas doações, nos certificamos totalmente de que o animal será tratado com todo o respeito e carinho", enfatiza o major Heraldo Régis da Silva, subcomandante do Regimento Montado.

Os eqüinos que morrem no regimento ainda recebem homenagens. Os mais destacados são enterrados na pista de treino e dão nomes às baias, como o cavalo Alexander. Falecido há dois meses, aos 26 anos, Alexander foi o cavalo mais premiado da PM e por isso batiza o pavilhão das baias. "Por ter representado muito bem a PM nas competições, ele merece ser lembrado", diz Silva. (MXV)

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