Cascavel e Foz do Iguaçu - A situação do Instituto Médico-Legal (IML) de Toledo (Oeste do estado), que já era precária, ficou ainda pior, com a prisão do funcionário Antônio Ari Krepsky, 44 anos. Ele era auxiliar de necropsia e motorista do órgão há quase seis anos. Krepsky é acusado de integrar uma quadrilha que usava o carro funerário para o transporte de drogas.
O esquema foi descoberto na noite de sábado, quando a Polícia Federal (PF) e a Força Nacional de Segurança interceptaram uma embarcação com 638 quilos de maconha em Itaipulândia, às margens do Lago de Itaipu. No momento do flagrante, a caminhonete do IML estava sendo preparada para receber o carregamento vindo do Paraguai.
Detido na manhã de domingo, quando procurou a polícia para denunciar o suposto furto do veículo, Krepsky declarou que havia emprestado o carro para um conhecido que trabalha na Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Cascavel (Acesc), uma autarquia da prefeitura. Segundo o acusado, o colega teria dito que precisava do veículo para buscar um corpo na região. Em troca, deixou o próprio carro com o comparsa. Até o fim da tarde de ontem, o suspeito ainda não havia sido localizado.
O delegado-chefe da 20.ª Subdivisão de Polícia Civil, em Toledo, Luiz Gilmar da Silva, afirmou que os desvios de rota do veículo e a estratégia para despistar a polícia já vinham sendo investigados. Segundo a PF, o carro oficial seria usado para levar a maconha até Cascavel. Na abordagem, uma das bandejas onde os corpos são transportados estava ao lado do barco, pronta para ser carregada com os tabletes que se encaixavam perfeitamente no suporte. O veículo passará por uma perícia. Os policiais estão investigando a participação de outras pessoas no esquema. Krepsky será indiciado por tráfico internacional de drogas, cuja pena pode chegar a 15 anos de prisão.
Empréstimo
O capitão Ubirajir Binhara, chefe da Divisão Técnica do Interior do IML do Paraná, garantiu que está buscando alternativas para que o recolhimento de corpos nos 21 municípios de abrangência de Toledo não seja tão prejudicado por causa da apreensão do veículo. Uma delas seria a parceria com o Corpo de Bombeiros para que a corporação ceda um motorista ao instituto. Outra proposta é tentar um acordo com o IML de Cascavel para que garanta suporte a Toledo emergencialmente. No domingo, o corpo de uma vítima de disparo de arma de fogo teve que ser recolhido por uma funerária particular da cidade. Desde o início do ano, 176 cadáveres passaram pela unidade.
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