| Foto: Divulgação/MST
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O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) lançou uma “carta aberta” com diversas reivindicações, nesta terça-feira (29), que deve ser entregue oficialmente a Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Algumas das solicitações, para o próximo governo do PT, são a distribuição de terra dos latifúndios a assentados, desmatamento zero e o combate ao garimpo. Nos últimos quatro anos, por outro lado, o MST foi contrário à entrega de terras a assentados feitas pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), mais de 400 mil títulos, e militantes do grupo são acusados de violência contra famílias que decidiram sair do movimento para ter suas próprias terras.

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Na carta, o MST defendeu a distribuição de terra dos latifúndios, principalmente nas proximidades das cidades, “para que se multipliquem as famílias camponesas produtoras de alimentos”. Por outro lado, exige a criação de um Plano Nacional de Reflorestamento.

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Os sem terra também reivindicam mecanismos de aumento de renda, como o bolsa família e reajustes do salário mínimo. Outro ponto é o estímulo da agroecologia, com o intuito de produzir alimentos saudáveis, “sem agredir a natureza, gerando mais empregos e melhorando a produtividade física das lavouras”.

O MST criticou o garimpo e as mineradoras, alegando que os dois setores seriam responsáveis pela depredação “do meio ambiente e riqueza natural apenas em função do lucro privado”. O grupo também pede a criação de um programa de implementação de máquinas agrícolas para agricultura familiar. Além das reivindicações, a carta alegou que o aumento da desigualdade social se aprofundou após o governo Dilma Rousseff (PT) e com “os quatro anos de um governo neoliberal com praticas fascistas e autoritária”. O MST afirmou ainda que irá combater todas as formas de discriminação contra negros e LGBT e alegou que esses preconceitos foram “alimentados pelo bolsonarismo fascista”.

Durante o governo de Bolsonaro, houve uma redução de invasões coletivas de terra, em comparação com governos petistas. Reportagem da Gazeta do Povo mostrou que agora, em um cenário com o PT, ainda não se sabe se o MST retomará o antigo ritmo de ocupações.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]