Depois de a Comec, órgão do governo do estado, anunciar que as linhas metropolitanas integradas não aceitariam mais o cartão-transporte usado na rede como forma de pagamento a partir de amanhã, uma reunião convocada pelo Ministério Público (MP-PR) determinou um acordo para garantir a validade dos passes. No encontro de ontem, que envolveu também a Urbs, foi acordado que as passagens do transporte coletivo para uso no cartão adquiridas até o dia 6 de fevereiro (data do reajuste da tarifa) poderão ser usadas pelos passageiros de linhas urbanas e metropolitanas integradas por até 6 meses. A contagem começou na quinta-feira da semana passada.
Na quarta-feira, a Comec havia anunciado que a partir de sábado não aceitaria mais o cartão emitido pela Urbs como forma de pagamento nas suas linhas, as metropolitanas integradas. A opção dada pela Comec era um vale-transporte de papel, que deveria ser adquirido na Metrocard, empresa que é responsável pela bilhetagem das linhas metropolitanas não integradas. O problema é que muitos usuários já haviam comprado créditos para o mês ou recebido o vale-transporte de suas empresas.
Em nota, o promotor de Justiça de Defesa do Consumidor, Maximiliano Ribeiro Deliberador, afirmou, em nota, que "a medida garante os direitos dos consumidores que adquiriram antecipadamente as passagens, confiando que poderiam utilizá-las em todo o sistema".
Durante a reunião, o presidente da Urbs, Roberto Gregório da Silva Junior, apresentou a proposta de adaptar o sistema de bilhetagem que é mantido pelo órgão para uso permanente no sistema de transporte integrado metropolitano.
Dessa forma, todos os usuários precisariam de apenas um cartão. Segundo Gregório, há uma rede com 750 validadores instalados em terminais e estações-tubo que seriam oferecidos para a Comec com o objetivo de simplificar a vida do usuário.
A Comec não se manifestou sobre a reunião até o fechamento dessa edição.