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A Secretaria estadual de Segurança Pública do Rio anunciou, nesta segunda-feira (27), que vai incentivar moradores de comunidades pacificadas a denunciar traficantes que continuam a atuar nas favelas. A decisão foi tomada dois dias após policiais serem atacados no Morro da Coroa, no Catumbi, no Centro.

Com apoio do Disque-Denúncia, o governo vai espalhar cartazes pela comunidade pedindo aos moradores que denunciem a localização dos criminosos e, também, esconderijos de armas e drogas. O telefone do Disque-Denúncia é (21) 2253-1177. O anonimato é garantido.

Cerca de 40 a 50 homens de outras Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) se revezam em turnos, no reforço do policiamento no Morro da Coroa após o confronto de sábado (25). Na ocasião, um PM atingido por uma granada teve uma perna amputada e outros dois foram feridos por estilhaços.

Nesta segunda-feira, várias patrulhas circulavam numa das principais vias da comunidade. Moradores dizem que ainda não se sentem seguros. "A gente esperava que com policial no morro não teria tiroteio, não teria essa venda de drogas que continua tendo. Todo mundo sabe", disse um morador, que não quis se identificar.

Embora policiais tenham vasculhado vários pontos da comunidade, não foram encontradas até a manhã desta segunda-feira (27) armas ou drogas na região. Também não foram efetuadas prisões.

O tenente-coronel Wilman René Gonçalves, comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), informou que os policiais do batalhão chegaram a reforçar o patrulhamento no Morro da Coroa, logo após o confronto. Mas, segundo ele, o Bope segue apenas fazendo o policiamento do Morro da Mangueira, em São Cristóvão, na Zona Norte, onde será instalada a 18ª UPP da cidade.

ConfrontoNa noite de sábado (25), policiais da UPP foram checar uma denúncia de venda de drogas no morro. A troca de tiros começou quando os policiais abordavam três homens. Na fuga, os criminosos lançaram duas granadas.

Segundo o comandante das UPPs, coronel Robson Rodrigues, a abordagem de suspeitos é uma rotina nas unidades, onde muitos traficantes já foram presos depois da pacificação. "Algumas UPPs, várias UPPs ainda têm o tráfico. Não há os padrões que havia anteriormente. A gente pode ver que de uma forma geral a favela, as comunidades, elas estão bem pacíficas", disse.

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