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Jovens de 15 a 29 anos - que sejam estudantes ou não - de baixa renda poderão ter acesso a novos serviços por meio da “carteirinha” digital do programa ID Jovem. Com ela, os inscritos nesse serviço podem ter descontos de até 50% em programas culturais e esportivos e ainda em passagens no transporte interestadual. O ID Jovem já existia e agora será ampliado pela Secretaria Nacional da Juventude, que faz parte do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). As novas funcionalidades serão anunciadas pela pasta na quarta-feira (10).
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Para ter acesso à “carteirinha” gratuita, o jovem precisa estar inscrito no CadÚnico, ou seja, deve ser beneficiário de algum programa social do governo federal. O ID Jovem está disponível por meio de um aplicativo - que foi atualizado - nas versões IOs e Android.
Os empresários também podem baixar o aplicativo do ID Jovem e irão conseguir validar os serviços da carteirinha, quando ela for apresentada pelo público-alvo do programa do MMFDH.
Mais do que o acesso aos descontos, o novo app do ID Jovem agora traz informações sobre o Enem, Fies, cursos disponibilizados pelo governo federal e outros programas direcionados para a juventude. Além disso, por meio do aplicativo também será possível ter acesso aos canais de denúncias dos Direitos Humanos - o Disque 100 e o Ligue 180.
Quem não conseguir emitir a carteirinha ou tiver problemas com empresas que não aceitem o ID Jovem, deve entrar em contato com a Secretaria Nacional da Juventude por meio da área “Fale Conosco” do app.
Programa do MMFDH é diferente da carteirinha do MEC
Como já foi mencionado, o ID Jovem é direcionado exclusivamente para jovens de baixa renda - dos 15 aos 29 anos. Não precisa ser estudante para ter acesso ao programa, desde que cumpra o critério da renda.
O programa do MMFDH é diferente daquele que foi lançado pelo Ministério da Educação (MEC) em 2019. Naquela oportunidade, o governo federal editou a Medida Provisória da “Liberdade Estudantil” e havia criado uma “carteirinha de estudante” digital, para que estudantes brasileiros tivessem um documento de identificação gratuito, que dava direito a meia-entrada em atrações culturais, artísticas e esportivas, entre outros, sem a necessidade de emissão de carteirinha por uma das entidades oficiais do movimento estudantil, como a União Nacional dos Estudantes (UNE) ou a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas. Mas a MP não foi apreciada pelo Congresso, caducou em fevereiro de 2020 e a carteirinha do MEC deixou de ser emitida.