Apesar do avanço tecnológico, é possível dizer que, para quem vive de golpes, os antigos nunca saem de moda. Hoje, mais do que nunca, a principal tentativa dos criminosos é buscar os dados bancários das vítimas - seja pela internet, por telefone ou mandando motoboys ao encontro.
De acordo com o delegado da Delegacia de Estelionato e Desvio de Carga, Wallace Oliveira Britto, os principais golpes aplicados no Paraná são digitais, mas há clássicos que sempre seguem vivos. “Os mais ocorrentes, sem dúvidas, são os que são feitos pela internet ou por contato telefônico. Mas os presenciais, como o do bilhete premiado, ainda fazem muitas vítimas”, contou.
Veja a lista dos principais golpes aplicados no Paraná e como se proteger:
FGTS
De acordo com o delegado Wallace Oliveira Britto, quando surge um assunto de interesse público, como é o caso do saque das contas inativas do FGTS, os golpes começam. Neste, os criminosos enviam e-mails informando sobre as melhores datas para os saques e a forma de fazê-lo, além de se oferecerem para cuidar da demanda. Em troca, é claro, dos dados bancários da vítima. “É sempre preciso alertar que os bancos jamais mandam e-mails ou pedem dados e senhas”, afirmou o delegado.
Boleto Bancário Falso
Neste golpe, os estelionatários trocam um boleto bancário verdadeiro, desses que todos estão acostumados a pagar - cartão de crédito, condomínio, etc - por um semelhante, mas com número falso. Ao pagar achando que se trata da cobrança de uma conta sua, a vítima acaba dando dinheiro aos criminosos e corre o risco de ficar inadimplente sem saber. A dica, nestes casos, é observar com atenção o boleto antes de fazer o pagamento. “Os criminosos normalmente deixam pistas, como erros de português e outras informações erradas”, diz Oliveira Britto.
Aluguel e venda do que não existe
Apesar de serem mais frequentes no verão, os golpes que envolvem venda e aluguel de imóveis que não existem acontecem o ano inteiro - e são mais frequentes do que parecem. Ao ser surpreendida por preços e condições bastante atraentes, como por exemplo o aluguel de uma casa na praia, a vítima fecha negócio com um dos criminosos. Para segurar a data, o golpista pede um depósito da vítima, que perde o dinheiro. “A dica neste caso, é nunca fazer depósitos antecipados e sempre desconfiar quando a proposta é atraente demais”, afirma o delegado.
Golpe do Cartão de Crédito
Bastante sofisticado, o golpe fez mais de 30 vítimas no Paraná no último ano. Nesta tática, os estelionatários telefonam para clientes se fazendo passar por funcionários de operadoras de cartão de crédito na busca de obter dados como a senha e código de segurança do cliente. O objetivo dos criminosos é clonar o cartão. Com os dados pessoais da vítima em mãos, eles informam uma série de compras que teriam sido feitas com aquele cartão, todas falsas, e que o cartão foi clonado. Para fazer o cancelamento, precisam das senhas e códigos de segurança. Se o cliente desconfiar, os criminosos pedem para que a vítima ligue para o telefone que está impresso atrás do cartão - número que foi previamente clonado pelos estelionatários. Para finalizar o golpe, eles pedem para que a vítima quebre o cartão e entregue para um motoboy da empresa, que também faz parte da quadrilha. Mesmo com o cartão quebrado, o chip continua intacto e a clonagem é possível.
Golpe do WhatsApp
Nem aplicativo de mensagens não escapou das mãos dos criminosos. Na tentativa de pegar os mais curiosos, um link enviado promete mostrar quem mais visitou o perfil da pessoa no WhatsApp. Ao clicar no endereço, uma série de propagandas começam a “pipocar” no telefone e, se não tiver cuidado, o usuário pode acabar contratando serviços sem querer. Além disso, outros links prometem mudar a cor no aplicativo - mas, na realidade, acabam baixando softwares no smartphone. Os criminosos recebem dinheiro cada vez que um software é baixado em um celular.
Envelope Vazio
Os empresários são as principais vítimas deste golpe, já que os criminosos entram em contato na tentativa de fechar um negócio via transferência bancária. Com os dados bancários da vítima em mãos, eles retornam o contato, afirmando que um funcionário depositou uma quantia muito superior ao do negócio original. O grupo pede que o empresário devolva o dinheiro urgentemente, para poder pagar outro fornecedor. O depósito nestes casos até é realizado, porém com o envelope vazio. Uma empresária de Curitiba quase foi vítima deste golpe em janeiro, mas percebeu que o valor constava como “bloqueado”.
Bilhete premiado
O golpe é velho, mas não para de fazer vítimas - normalmente idosos na saída de lotéricas e bancos. Nele, o golpista diz que tem um bilhete de loteria premiado e mostra um jogo feito com os números sorteados na semana anterior. O criminoso então coloca um preço no bilhete premiado. Quem espera ganhar um dinheiro fácil acaba caindo.
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