O estacionamento regulamentado (EstaR) no centro de Curitiba foi criado em 1980, mas só agora a prefeitura está perto de implantar meios mais modernos para controlar o sistema. Uma portaria sobre o assunto foi aberta recentemente e propostas de empresas que operam na área estão sendo recebidas para análise. As sugestões serão analisadas por uma comissão intersetorial. Hoje, quem para o veículo em vagas rotativas no município precisa comprar cartelas raspáveis para marcar o horário em que chegou. Os cartões são válidos por uma hora.
Segundo o diretor de Fiscalização da Secretaria Municipal de Trânsito, Éder Rodrigues, o parecer final dessa comissão será encaminhado para estudo da Prefeitura - que ainda não se comprometeu com nenhum sistema específico. Ele diz que oito propostas, incluindo desde o uso de aplicativos e parquímetros até a instalação de chips em veículos, já foram recebidas. O município, conforme Rodrigues, dará preferência ao que reunir o melhor custo-benefício, não seja 100% terceirizado nem tenha domínio único. "Buscamos algo via telefonia e web, mas também não descartamos os parquímetros", assinala.
Apesar da indefinição quanto a uma tecnologia para o sistema, a Lei Municipal 5.233 de 1975, já prevê o uso de parquímetros em Curitiba. A legislação, decretada na época pelo então prefeito Saul Raiz, segue no papel 40 anos depois. Rodriguez diz que a situação deverá ser estudada, apesar de alguns receios da prefeitura em relação à tecnologia. A maior preocupação, comenta, é com um possível vandalismo em torno dos equipamentos.
Atravessadores
O EstaR de Curitiba tem hoje 11 mil vagas em funcionamento. A previsão é ampliar a cobertura em mais 2 mil vagas. Trezentos e cinquenta e seis agentes atuam no sistema, divididos ente o EstaR e a fiscalização. Um dos maiores desafios da prefeitura é evitar a ação de atravessadores, que cobram dos usuários valores superiores ao praticado pelos agentes na venda das cartelas.
Usuários reclamam de notificações
Parquímetros que aceitam moedas e cartões pré-pagos são a segunda geração de um mesmo sistema utilizado em Londrina. Até meados de 2013, a Zona Azul da cidade funcionava com máquinas que aceitavam moedas e bottons. Problemas técnicos motivaram a mudança de aparelhos.
Mesmo com o investimento de cerca de R$ 1 milhão no setor, o sistema não passa impune à avaliação dos usuários. Para eles, a questão do troco ainda não é a única capaz de gerar reclamações sobre o sistema. Notificações por estacionamento irregular, por exemplo, incomodaram bastante o geógrafo Jânio Takata, de 52 anos. "Fui ao banco e atrasei alguns minutos além do tempo que tinha acionado. Veio uma notificação para pagar. Acho abusivo isso", comenta.
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