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Um e-mail teria sido enviado pela Casa Civil ao Ministério da Educação (MEC), em janeiro deste ano, solicitando que fosse marcada uma reunião no MEC com o pastor Arilton Moura. Posteriormente, Moura e outras pessoas passaram a ser investigados pela Polícia Federal na Operação Acesso Pago, por causa das suspeitas de facilitação de acesso a recursos públicos do MEC e do FNDE. As informações sobre o e-mail foram divulgados pelo jornal Folha de S. Paulo nesta sexta-feira (8).
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No e-mail, de acordo com a Folha, constaria que a mensagem foi enviada do gabinete do ex-ministro-chefe da Casa Civil, general Braga Netto, após um pedido enviado por uma assessora do pastor. A assessora também foi alvo de busca e apreensão na Operação "Acesso Pago". O jornal informou que o pastor Arilton já tinha ido ao MEC em outras ocasiões.
A atuação de pastores no MEC foi revelada pelos jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo em março deste ano, após o vazamento de um áudio que desencadeou na Operação "Acesso Pago". No dia 22 de junho, o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro e os dois pastores Arilton Moura e Gilmar Santos foram presos pela Polícia Federal. Todos os acusados foram soltos no dia seguinte por determinação do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Após suspeitas de interferências na operação, a investigação foi encaminhada para o Supremo Tribunal Federal.
A Gazeta do Povo entrou em contato com o MEC, Palácio do Planalto e a defesa dos pastores, mas não obteve um retorno até o momento sobre o email. A defesa do ex-ministro Milton Ribeiro também não respondeu à solicitação de informações.
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