O prédio onde a juíza Fabiana Sato mora em Arapoti, município dos Campos Gerais, foi atingido por disparos na madrugada de quarta-feira (19). Ninguém foi atingido pelos tiros, mas a polícia está investigando o caso. Em setembro a juíza expediu mandados de prisão que resultaram na prisão de 23 pessoas suspeitos de extorsão, roubo e tráfico de drogas na região. Entre os detidos estavam policiais civis e militares.
A casa da juíza foi alvejada com três tiros por volta da meia-noite e meia. O atentado está sendo investigado pela Polícia Civil de Jaguariaíva, na mesma região, e pelo Comando de Operações Policiais Especiais (COPE) de Curitiba. O Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná (MP-PR) também acompanha a apuração do caso.
O delegado de Jaguariaíva, Gumercindo Atayde, que coordena a investigação, diz que não é possível afirmar que o atentado está relacionado a operação que prendeu policiais da cidade. Ele, porém, não descarta nenhuma hipótese. A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informou que está colaborando nas investigações e ofereceu segurança 24 horas para Fabiana. A juíza não comentou o caso.
Operação
Vinte e três pessoas foram presas suspeitas de integrar três quadrilhas envolvidas em extorsão, roubo e tráfico de drogas, em uma operação da polícia paranaense e do Gaeco realizada em 25 de setembro. Entre os detidos estão policiais civis e militares de Arapoti, na região dos Campos Gerais.
Foram expedidos 24 mandados de prisão. Destes, 23 foram cumpridos em Curitiba, Sengés, Jaguariaíva, Arapoti, Castro, Piraí do Sul e Pontal do Paraná. Durante a operação foram apreendidas sete armas de fogo.
As investigações começaram em julho deste ano, pelo MP, que recebeu denúncias de corrupção e tráfico de drogas. De acordo com o MP, as primeiras evidências confirmavam a participação de policiais e, por isso, o caso passou a contar com o apoio do Gaeco, em Curitiba. O trabalho também contou com apoio da Sesp.
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