A Polícia Militar (PM) vai manter pelo menos até domingo (25) o reforço no policiamento presença na Vila Pantanal, no bairro Alto Boqueirão, em Curitiba. O clima de tensão tomou conta no bairro, após o assassinato de um jovem, na noite de segunda-feira (19). Ao longo da semana, moradores organizaram pelo menos dois protestos e conviveram com boatos de toques de recolher. Residências, que pertenciam ao suspeito do homicídio e de familiares dele, foram incendiadas.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o fogo começou na noite de quinta-feira (22). Quatro casas que ficam em um mesmo terreno foram incendiadas. De acordo com o delegado Jaime da Luz, da Delegacia de Homicídios (DH), a principal hipótese é de que moradores da Vila Pantanal tenham ateado fogo às residências. "Não há nenhum indício de que os familiares do jovem assassinado tenham participado do ataque", disse o delegado. O incêndio será investigado pelo 7º Distrito Policial (DP), responsável pela área.
Nesta sexta-feira (23), a PM minimizou a situação da Vila Pantanal. De acordo com a 4ª Companhia do 20º Batalhão, nenhum protesto de moradores ou ocorrência grave foram registrados. A corporação também negou que esteja havendo toques de recolher. Segundo o sargento Adroaldo, o reforço do policiamento será mantido ao menos até o domingo.
"Vamos continuar com este reforço, com as viaturas patrulhando o local com maior intensidade, mas sem permanecer fixa na vila, para não gerar nenhuma reação de moradores", explicou.
Na quarta-feira (21), moradores queimaram pneus e móveis em protesto contra o assassinato e acusaram a polícia de acobertar os autores do crime. Na ocasião, a PM informou que escoltou os familiares do suspeito, para que pudessem pegar alguns pertences para deixar a vila, temendo represálias.
Investigações
Everton Jonathas Rebelatto, de 18 anos, foi morto a tiros na entrada da casa em que morava com a família, na Rua Wilson Dacheux Pereira. Nesta sexta-feira, a DH ouviu nove pessoas entre testemunhas e familiares da vítima e identificaram o autor do crime: Carlos Eduardo Araújo, de 29 anos. O suspeito está foragido. "Como a autoria está definida, vamos encaminhar o inquérito ao 7º DP, que é o distrito da área, que deve finalizar o trabalho", explicou o delegado Jaime da Luz.
Segundo o responsável pelas investigações, o crime teve motivo torpe. Em frente à casa de Araújo, há um parque infantil público, mas, de acordo com a polícia, a família do suspeito se apoderou do local. "Com o passar do tempo, eles impediam que qualquer pessoa passasse de carro por aquela rua", contou o delegado.
No dia do crime, Rebelatto teriam passado de carro em alta velocidade pela rua e dado um "cavalo de pau". Araújo e outros três homens teriam discutido com o jovem. Durante a discussão, a vítima foi atingida por um tiro no peito. "Ele caminhou por cerca de 40 metros, mas morreu em frente da casa em que morava", disse o delegado. A polícia ainda não identificou os outros homens que participaram da discussão que terminou com a morte do jovem.
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