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Reconstrução atual: estrutura em pé, ainda faltam as janelas e paredes | Fotos: Marcelo Elias/Gazeta do Povo
Reconstrução atual: estrutura em pé, ainda faltam as janelas e paredes| Foto: Fotos: Marcelo Elias/Gazeta do Povo
  • A Casa Estrela fotografada em 2006, antes de ser desmontada

Ela foi desmontada há quatro anos e houve quem pensasse que nunca mais iria vê-la. A Casa Estrela – um dos exemplares mais originais da arquitetura de madeira de Curitiba e sem similares no mundo – foi doada à Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e demorou para ser remontada por dois fatores: falta de dinheiro para patrocinar a recuperação do imóvel e dias chuvosos que dificultaram o preparo da fundação. Desde novembro do ano passado, a casa começou a ganhar vida no câmpus da PUCPR no Prado Velho. Ainda lhe faltam as paredes e janelas, mas a estrutura já está de pé: a promessa é que até julho ela esteja totalmente remontada e vire laboratório vivo para o curso de Arquitetura da instituição e museu para todos os que quiserem conhecer de perto a sua história.

A residência estava localizada antes no Alto da Glória e pertencia aos irmãos Idalina, Carlos Augusto e Moysés Azulay de Castro. Eles doaram a casa com o intuito de vê-la preservada, já que no bairro ela tinha virado alvo dos vândalos e corria o risco de acabar em brasa, pois os moradores de rua estavam se abrigando nela à noite e costumavam fazer fogo no local. Em 2006 ela foi desmontada e levada para a PUCPR, e somente neste ano voltou a exibir os traços originais.

Feita com encaixes artesanais em forma de estrela de cinco pontas, símbolo do esperanto – a língua universal –, a casa não tem um único ângulo de 90 graus. Uma raridade. Foi erguida por volta de 1930. Os 178 metros quadrados de área construída estavam interligados, havia janelas internas e tudo concorria para a convivência constante entre os moradores. Estrelas se formavam no chão e nas paredes.

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