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Um homem de 44 anos procurado há quatro anos pela polícia paranaense acusado de abuso sexual contra as próprias filhas e que foi preso em Guarujá, São Paulo, no último fim de semana, foi transferido para a capital paranaense nesta sexta-feira (1º). Além dele, a esposa, de 56 anos, também foi detida, acusada de conivência com as ações do marido. A polícia não divulgou a identidade dos presos.

Em 2004, ano em que foi a criado o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), a irmã da acusada registrou boletim de ocorrência em que denunciava o pai por assédio a duas de suas quatro filhas menores de idade. Naquela época, as meninas moravam com o pai e a mãe em Fazenda Rio Grande, região metropolitana de Curitiba.

Segundo informações da Agência Estadual de Notícias (AEN), a tia ficou sabendo da história quando uma das sobrinhas fugiu de casa e foi procurá-la para contar o que estava ocorrendo. A polícia passou a investigar o caso e descobriu que o pai praticava abusos contra as filhas há algum tempo e contava com a conivência da esposa, mãe das crianças. Depois que a polícia entrou no caso, a tia foi ameaçada e atacada com 24 facadas, mas sobreviveu.

Responsabilizado pela ocorrência, o casal teve mandado de prisão decretado pela Justiça, mas fugiu da cidade. O policial Celso Sochacewski, investigador do Nucria, continuou com as investigações e, nesta semana, recebeu informações de que a família estava morando no litoral de São Paulo. A Polícia Civil, da delegacia de Guarujá, localizou os dois e, com a cópia do mandado, prendeu o casal. "Eu nunca desisti deste caso e tinha certeza que um dia a prisão do pai ia acontecer", afirmou Sochacewski à AEN.

Na quinta-feira (31), uma equipe do Nucria foi até o Guarujá, litoral paulista, para transferir o casal para Curitiba. O homem foi transferido para o Centro de Triagem II e a esposa no Centro de Triagem I, onde ficam à disposição do juiz da 12ª Vara de Crimes Contra a Criança e Adolescente.

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