Depois de serem agredidos em um restaurante da zona sul de São Paulo, Adriana Aranha, 46, e Marcio Kamiza, 38, afirmam que vão processar o restaurante onde o caso aconteceu. “Contra a barbárie, nada melhor provar que existem leis para vivermos civilizadamente”, diz a chef de cozinha Adriana.
No último dia 29, o almoço de aniversário de Adriana em uma tradicional casa de comida italiana da cidade virou caso de polícia e movimentou as redes sociais.
Adriana Aranha e o marido dela, o eletricista Marcio Kamiza, afirmaram terem sido espancados por cinco funcionários, incluindo o proprietário da Cantina do Magrão, no Ipiranga (na zona sul).
O motivo: uma vaga de estacionamento. Na hora de estacionar o veículo, o casal optou por deixá-lo em frente à casa de massas para facilitar o deslocamento de Adriana, que tem uma prótese no joelho.
De acordo com relato da chef, assim que estacionaram, “o manobrista foi falar para retirarmos o carro dali porque iriam estacionar outro veículo”. Adriana rebateu, dizendo que a vaga era pública e que, por causa da grosseria, o casal não almoçaria mais no restaurante.
A chef diz ter procurado a gerência da casa para notificar o ocorrido. Nessa hora, segundo ela, a situação piorou após ter ouvido do proprietário do restaurante que “uma pessoa de cabelo cor-de-rosa e tatuada não era mesmo bem-vinda.”
O marido de Adriana respondeu ao comentário que se transformou entre uma discussão entre ele e o dono do restaurante. “O dono partiu para cima do meu marido junto com o manobrista e eu tentei apartar”, conta.
Segundo Adriana, seu marido a colocou no carro e, antes mesmo de dar a volta no veículo, “o dono saiu correndo da esquina e deu uma pancada forte nele”.
Adriana relatou ainda que ela e o marido foram jogados no chão e “chutados covardemente por cinco pessoas”. De acordo com ela, essas pessoas seriam o dono do restaurante, seus dois filhos, o manobrista e mais um funcionário.
Fotos publicadas pelo casal e compartilhadas nas redes sociais mostram o rosto de Márcio coberto de sangue e com uma parte da camiseta rasgada. Segundo a chef, o marido levou três pontos no rosto, e ela, um, no braço.
O casal esperou a chegada da viatura da polícia no local, que o levou para atendimento médico em um pronto-socorro da região. Na sequência, o casal registrou boletim de ocorrência no 17º DP (Ipiranga).
De acordo com Adriana, nesta segunda (3) foi o primeiro dia em que seu marido conseguiu sair da cama e que os dois estão “em processo de recuperação psicológica, e, principalmente, física”.
Outro lado
A Cantina do Magrão continua funcionando normalmente. O perfil do estabelecimento nas redes sociais foi bombardeado por posts agressivos contra o proprietário. Internautas chegaram a propor boicote contra o restaurante.
Luiz Antônio Sampaio, o Magrão, afirmou que apenas se defendeu. “Eu estou aqui [no restaurante] há 20 anos, não estou aqui para briga. As pessoas que vieram brigar comigo”. Segundo ele, o casal brigou com outros clientes por causa da vaga e, quando não resolveram o problema, começaram a ofender o estabelecimento.
“Perguntei porque eles estavam falando mal do meu restaurante, já que não o frequentam”. A partir disso, conta ele, a discussão virou violência e ele apenas se defendeu.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora