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Violência

Casal carioca visita Curitiba e é assaltado por casal armado de facão

A passagem por Curitiba estragou as férias do casal carioca Carlos Henrique Külps, 37 anos, e Jaqueline Damasceno Borges, 34. Depois de conhecerem a serra gaúcha, eles resolveram passar pela capital paranaense antes de voltarem ao Rio de Janeiro. Na tarde da última terça-feira, quando visitavam o Parque Tanguá, no bairro Pilarzinho, Carlos, Jaqueline e a mãe dela, de 58 anos, foram assaltados por um casal armado com um facão. A mãe de Jaqueline foi agredida com um tapa na nuca e todos os pertences dos três – celulares, documentos, máquinas fotográficas, filmadora digital, R$ 200 em dinheiro e até a insulina de Carlos, que é diabético, foram roubados. Eles registraram a ocorrência e agora pretendem processar a prefeitura de Curitiba por danos morais e materiais.

O assalto foi apenas mais um em meio à série de ocorrências – sempre relatadas por freqüentadores e moradores próximos, nunca pelos órgãos de segurança – registradas nos parques de Curitiba. Pelo menos quatro parques são apontados como problemáticos: Tanguá, Barigüi, São Lourenço e Bacacheri.

"Íamos embora na segunda-feira, mas decidimos ficar mais dois dias. Tínhamos um plano de morar em Curitiba", conta a jornalista Jaqueline Borges, que abandonou a pretensão. "Colocaram um facão no pescoço do meu marido e bateram na minha mãe. Ficamos traumatizados."

Segundo o técnico em audiovisual Carlos Külps, os guardas municipais já conheciam os assaltantes. "A Guarda já sabia que tinha gente assaltando dentro do parque, já os conheciam de vista e não fizeram nenhuma abordagem." Ao chegar ao Rio, Jaqueline vai procurar um advogado. "Sempre morei no Rio e nunca fui assaltada. Perdemos objetos de valor e 500 fotos que fizemos na viagem. Mas o pior de tudo é ser agredido." O casal registrou a ocorrência na PM e no 4.° Distrito Policial, que confirmou ter recebido outro caso semelhante na semana passada.

Na região do Parque São Lourenço, as reclamações são semelhantes. "Os assaltantes ficam escondidos perto do Rio Belém, na Rua Nilo Brandão", informa a dona de casa Carmen Lúcia Pilati Basso, 51 anos, que já teve de correr para escapar de um roubo. "Isso ocorre diariamente. E o pior é que o cidadão liga para o 190 (telefone da Polícia Militar) e mandam ligar para o 153 (telefone da Guarda Municipal). Lá, mandam ligar de novo para a PM. E o povo que, paga impostos, que se ferre."

A presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) do São Lourenço, Júlia Arruda, confirma que a situação é crítica. "Tenho recebido muitas reclamações de assalto, mais especificamente na região da ciclovia. Normalmente as pessoas saem de lá sem o celular", afirma. Na próxima terça-feira, o Conseg vai se reunir com a Polícia Militar para expor a situação.

Tiroteio

Se no Tanguá e no São Lourenço, os assaltos são comuns, no mais popular parque de Curitiba, o Barigüi, os relatos são de tiroteios e mortes. O presidente da Associação dos Moradores do Barigüi, Ari Becker, faz até força para se lembrar das histórias que já ouviu. "Os assaltos são comuns. No final do ano passado, um policial matou um assaltante ao lado do pavilhão de exposições. Em fevereiro, um policial rodoviário matou outro assaltante. Recentemente houve outra troca de tiros entre policiais e bandidos", relata. Freqüentador do Barigüi, o comerciante João Aloíso Santos, 45 anos, já foi assaltado no estacionamento. "Só não levaram o carro porque chegou gente. Mas foram os documentos e o relógio."

No Parque Bacacheri, os relatos são de roubos e uso de drogas. "É maconha e crack", comenta o presidente do Conseg Bacacheri 1, José Augusto Soavinski. "Depois das 17 horas, ninguém mais tem segurança. A pista tem partes muito escuras e fica perigoso passar por lá. Falta policiamento."

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