Um casal de namorados foi detido, na noite de quinta-feira, na região do Campo Limpo, zona sul da capital paulista, com várias drogas, entre elas o oxi - uma versão do crack bem mais forte e potencialmente letal - e uma pistola 9 mm, calibre de uso exclusivo das Forças Armadas. Em patrulhamento, PMs abordaram o casal e vistoriaram a bolsa da mulher, mas que estava em poder do namorado.
Além da arma, a dupla carregava 199 cápsulas plásticas contendo cocaína, 50 trouxinhas de maconha e um tijolo de meio quilo de oxi, uma droga nova no mercado paulistano, feita a base de pasta de cocaína, cal virgem, querosene e/ou gasolina, e que já circula pela região conhecida como cracolândia, no centro da capital, e é vendida por preço médio de R$ 2,00, bem mais barato que o crack, cuja pedra sai por R$ 8 e até R$ 10. O caso foi registrado no 37º Distrito Policial, do Campo Limpo.
Diferença - A diferença do oxi para o crack está na composição. Para transformar o pó da cocaína em pedra de crack, usa-se o bicarbonato de sódio e o amoníaco. Já o oxi, com o objetivo de baratear os custos - e atingir um número maior de usuários -, leva querosene e cal virgem, substâncias corrosivas e extremamente tóxicas.
Segundo especialistas no combate ao entorpecente e no tratamento de dependentes químicos, o oxi chegou ao país há cerca de 6 anos pelo Acre e pelo Amazonas, nas regiões das fronteiras com Bolívia e Colômbia. Já há registro de mortes no Piauí. A Fundação Oswaldo Cruz já prepara um mapeamento da droga no território nacional.
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