Um homem e uma mulher foram presos por volta das 20h de terça-feira (23), no bairro Hauer, em Curitiba, suspeitos de aliciarem uma adolescente para prostituição. O proprietário do estabelecimento também foi intimado a se apresentar à polícia e deve responder pelo mesmo crime.
Segundo o delegado do 7º Distrito Policial, Amarildo Antunes, a mãe da jovem foi à delegacia e deu um endereço de uma casa noturna, na qual ela acreditava que a filha se prostituía. "A mãe conversava com a filha por telefone, e assim conseguiu o endereço", afirmou o delegado. Na terça-feira, a polícia ficou de campana em frente ao Bia Night Club, que fica na Rua das Carmelitas, até a adolescente aparecer.
A jovem confessou aos policiais que fazia programa e Elcio José Nunes da Silva, 35 anos, e Jenifer dos Santos, 20 anos, foram presos. Ele era gerente da casa noturna e a mulher era caixa. "Os dois vão responder pelo crime de favorecimento de prostituição de vulnerável, que tem pena de quatro a 10 anos de reclusão". O dono do estabelecimento não estava no local, mas foi intimado a comparecer à delegacia e deve responder pelo mesmo crime. "Se ele não se apresentar, vou pedir prisão preventiva dele", disse Antunes. O delegado explica que os três também poderão responder pelo crime de rufianismo, que é quando se obtém lucro com a prostituição. A casa noturna foi fechada.
Durante vistoria nos quartos da casa, a polícia encontrou uma identidade de uma pessoa maior de idade, que era usada pela adolescente. Aos policiais, ela disse que o documento havia sido emprestado por uma amiga para que ela pudesse ir a baladas e beber. O delegado explica que a amiga também deverá prestar depoimento e que pode ser autuada.
Além da carteira de identidade, a polícia apreendeu cadernos de controle de clientela do local, que informavam qual mulher havia feito o programa, o nome do cliente, e o tipo de atendimento: de uma hora ou de meia hora. O programa de uma hora custava R$ 220, segundo o delegado, e o de 30 minutos custava R$ 200. Dessa quantia, a adolescente ficava com R$ 100 e o restante ia para o estabelecimento. A jovem atendia sob o codinome Bruna.
Outras três mulheres, todas maiores de idade, estavam no local no momento em que a policia chegou. Elas afirmaram que eram apenas dançarinas e estavam no bar para fazer shows. Segundo o delegado, o crime de favorecimento da prostituição é difícil de ser configurado, pois os envolvidos normalmente dizem que estão no local apenas para beber e se divertir.
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