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| Foto: Ernesto Rodrigues/Folhapress

A justiça de São Paulo marcou para sexta-feira (10) uma avaliação clínica em Roger Abdelmassih, de 73 anos, condenado a mais de 100 anos por estupro e atentado violento ao pudor contra suas pacientes. Ele será atendido pelo cardiologista Lamartine Cunha Ferraz dentro do presídio de Tremembé, onde o ex-médico cumpre pena desde 2014. A defesa de Roger diz que seu estado de saúde é gravíssimo e pede um indulto humanitário.

Os advogados tentam convencer a justiça de que, debilitado, ele deve ser tratado em casa. A lei permite que o indulto humanitário possa ser concedido a detentos condenados com doenças graves e permanentes que exijam cuidados fora do estabelecimento penal.

Abdelmassih realizou pelo menos quatro exames em Tremembé, por médicos pagos pela família. Ele também já saiu duas vezes do presídio para consulta em hospitais particulares. Esse exame que fará na sexta será feito por perito indicado pela justiça. Ele deve ficar pronto em 30 dias.

De acordo com os advogados, Abdelmassih tem problemas no coração há mais de 30 anos e, em 2008, fez uma cirurgia de emergência de ponte de safena. Seu quadro teria piorado em 2015. Em dezembro último, foi internado no Hospital Osvaldo Cruz, Centro de São Paulo, para fazer exames após suspeita de entupimento das coronárias.

Para comprovar o real estado de saúde, o Ministério Público solicitou que o condenado passasse por novos exames, mas feitos com médicos indicados pela justiça. Somente após esses exames a justiça determinará o destino de Roger Abdelmassih.

O advogado Antônio Celso Galdino Fraga disse que o estado de saúde de seu cliente é bem grave e que a expectativa é de um posicionamento definitivo da justiça em maio. “Ele quase morreu ano passado. Precisou fazer angioplastia com stent. O estado de saúde dele é gravíssimo. Ele precisa estar muito próximo a uma unidade médica”, disse Fraga.

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