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Investigação

Caso Celso Daniel foi crime comum

São Paulo – A delegada titular do 78.º Distrito Policial (cidade de São Paulo), Elisabete Ferreira Sato, concluiu no inquérito sobre a morte de Celso Daniel, prefeito assassinado de Santo André (SP), que o crime não teve motivação política.

Celso Daniel foi seqüestrado no dia 18 de janeiro de 2002, quando voltava de um jantar em São Paulo. Ele estava acompanhado do empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra.

Dois dias depois, o corpo do prefeito foi encontrado em uma estrada em Juquitiba (a 78 km de São Paulo).

Ele foi atingido por sete tiros. Sombra, que era amigo pessoal de Celso Daniel, foi apontado como o mandante do crime.

O inquérito da polícia sobre o caso foi entregue à Justiça, que o encaminhou ao Ministério Público.

Para o Ministério Público, a morte do prefeito está associada a um esquema de corrupção montado na prefeitura de Santo André para financiar campanhas eleitorais do PT. O promotor de Santo André Roberto Wider classificou o relatório da delegada como "dúbio". "Faltou interesse na conclusão do caso."

Segundo Wider, Sato não recebeu a cópia do relatório da CPI dos Bingos e também não teve interesse em consegui-lo.

O promotor ainda lamentou a forma como a delegada se referiu ao Gaerco (Grupo de Atuação Especial Regional de Prevenção e Repressão ao Crime Organizado), do Ministério Público, no documento. O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu habeas corpus ao empresário Sérgio Gomes da Silva em julho de 2004. A prisão preventiva foi decretada pela Justiça de Itapecerica da Serra (33 km a sudoeste de SP) em 10 de dezembro de 2003. Ele se entregou à polícia no dia 11 de dezembro.

Segundo o promotor, Sombra continua sendo réu no processo, mas só poderá voltar a ser preso após o julgamento do mérito do habeas corpus.

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