Na contramão do cenário geral, que aponta uma queda no número de denúncias de violações de direitos humanos, o número de registros de casos de negligência e violência contra idosos cresceu 16,4% no país em um ano, segundo dados do Disque 100, serviço do governo federal. De janeiro a junho deste ano, o serviço recebeu 16.014 denúncias de violência contra pessoas com 60 anos ou mais – uma média de 43 denúncias ao dia. Para comparação, no primeiro semestre do ano passado, foram registradas 13.752 denúncias de violações contra esse grupo. A negligência ou abandono corresponde à maior parte das denúncias, apontada em 77,6% dos casos.

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Em alguns casos, vítimas são alvo de mais de um tipo de agressão, segundo a Secretaria dos Direitos Humanos, que mantém o serviço de apoio e monitoramento. Mulheres são as principais vítimas.

Além de casos de agressão a idosos, o Disque 100 recebe denúncias de agressões e violações a crianças e adolescentes, pessoas com deficiência, população LGBT, pessoas em situação de rua, em privação de liberdade e outros grupos vulneráveis.

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No primeiro semestre deste ano, foram registradas 66.518 denúncias, uma redução de 6,4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando houve 71.116 registros.

Deste total, pouco mais da metade dos casos, ou 42.114, referia-se a situações em que as vítimas eram crianças e adolescentes.

Em seguida, estão casos de violação a pessoas idosas (24% do total) e pessoas com deficiência (7,3%), grupo que também viu crescer o número de denúncias – passou de 4.254 para 4.863 registros.

Na comparação entre os tipos de violações, os dados do Disque 100 mostram que houve aumento nas denúncias de casos de negligência e abandono em todos os grupos pesquisados.

Já as denúncias contra a população LGBT tiveram pouca variação no período – passaram de 541 registros para 532. Deste total, chama a atenção um aumento nos casos de violência física, presentes em três a cada dez denúncias.

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