Cascavel, no Oeste do Paraná, começa a ter problemas com a aranha marrom

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Antes um problema restrito a Curitiba e região, a aranha marrom começa a fazer vítimas pelo interior. De acordo com reportagem exibida no Bom Dia Paraná desta segunda-feira (16), nos últimos quatro anos, 33 pessoas foram picadas pelo aracnídeo em Cascavel, Oeste do Paraná.

Foram coletadas 36 amostras de aranhas marrom nas últimas semanas em alguns bairros de Cascavel e enviadas para o Laboratório Central do Estado, em Curitiba, que constatou três delas eram consideradas venenosas. A revelação colocou a população em alerta. A Secretaria da Saúde de Cascavel intensificou as ações de prevenção, com palestras para os moradores. "Pessoas que mexem no jardim têm de usar luvas, vedar as casas, ralos e pisos para dificultar o acesso desses animais", explicou a médica Maria Fernanda Pereira à reportagem da RPC-TV.

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Quatro espécies

Existem quatro espécies de aranha marrom no Paraná, sendo que a mais comum em Curitiba, segundo a bióloga e professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) Marta Fischer, é a Loxosceles intermedia. "Curitiba tem uma situação atípica no mundo, com uma incidência que não existe em nenhum lugar. A intermedi é comum por ser bastante resistente, mas a potencialidade do veneno é menor que a de outras espécies", explicou a bióloga ao Bom Dia Paraná.

Ela explicou também que em caso de suspeita de acidente com a aranha marrom, o que é difícil de identificar, é muito importante procurar ajuda médica e procurar o animal perto do local. "Ela não ataca e geralmente pica quando é comprimida pelo contra o corpo e é muito comum ela acabar morrendo", contou Fischer à RPC-TV.

Em caso de suspeita de picada, o cidadão poderá também buscar informações de locais para ajuda médica no Centro de Informações Toxicológicas no telefone 0800-410-148. A ligação é gratuita.