Os veículos de turismo poderão continuar fazendo o transporte particular de visitantes no Parque Nacional do Iguaçu (PNI) até o final do ano. A decisão do Instituto Chico Mendes de Conservação do Meio Ambiente (ICMBio), por meio de uma portaria assinada pelo presidente Roberto Vizentin na sexta-feira (1), contraria a expectativa do setor.

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Segundo a assessoria de imprensa do Instituto, a entrada e a circulação de táxis e veículos de turismo será admitida em "caráter excepcional" até o dia 29 de dezembro de 2013, "de modo a permitir a adaptação da unidade para implementação integral das normas e a fim de evitar transtornos às atividades turísticas e de prestação de serviços".

A partir de então, o acesso será restrito aos veículos do transporte único do parque. "Até lá, será realizado estudo e monitoramento detalhado do fluxo de veículos e pessoas, dos impactos e da satisfação dos visitantes com vistas a sugestões de possíveis melhorias no acesso à região das Cataratas."

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Outra exigência – a de instalação de equipamentos para o controle de velocidade nos 12 km da BR-469 que corta a unidade desde o portão até as quedas -, será discutida pelo diretor do PNI, Jorge Pegoraro, com o MPF na segunda-feira (4), quando também será publicada no Diário Oficial da União a portaria 163/2013 em que fica mantida a integralidade do item 7.4.5.2 do Plano de Manejo.

A exigência para o cumprimento da regra presente no documento que regula as atividades no parque desde 2000 e que gerou a ação civil pública movida pelo MPF partiu de uma ONG ambiental de Porto Alegre (RS). A entidade alegou preocupação com os atropelamentos de animais na unidade.

Para o presidente do Sindicato dos Guias de Turismo de Foz do Iguaçu, Sidnei dos Reis, a decisão do ICMBio não contempla o acordo e não levou em consideração a opinião dos trabalhadores do setor, cerca de 3 mil, diretamente afetados pelas mudanças. Uma das propostas aprovadas pelo Conselho do Parque Nacional do Iguaçu (Conparni) e levadas a Brasília era a de credenciamento de uma cota de veículos autorizados a fazer o transporte alternativo.

"Sabemos que um dia o sistema de transporte será único, feito pela concessionária responsável pela recepção dos turistas. O ideal é que seja implantado um novo sistema, que também seja um atrativo e respeite o meio ambiente. Apenas substituir os condutores não resolve o problema. Somos os principais interessados na preservação do parque", comentou Reis.