Por cinco votos a dois, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro decidiu manter a prisão do deputado Natalino Guimarães (DEM), acusado de chefiar a milícia (quadrilha de policiais) "Liga da Justiça", que atua na zona oeste da capital fluminense cometendo extorsões e assassinatos. A decisão definitiva cabe agora ao plenário da Casa. A votação está marcada para amanhã. O parlamentar está preso desde o dia 21 de julho, quando sua casa foi cercada por policiais da 35ª DP (Campo Grande) e foi atuado em flagrante por formação de quadrilha.

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Os peemedebistas Álvaro Lins e Domingos Brazão votaram a favor de Natalino. Lins foi a favor da revogação da prisão, e Brazão pediu adiamento da votação na CCJ, mas ambos foram derrotados. Ex-chefe de Polícia Civil do Rio, Lins viveu situação semelhante à do deputado do DEM. Preso em flagrante pela Polícia Federal sob acusação de lavagem de dinheiro, corrupção e formação de quadrilha, o deputado do PMDB foi solto por decisão do plenário da Assembléia.

Se a maioria dos deputados contrariar a decisão da CCJ, a Polícia Civil terá que soltar Natalino. O deputado preso nega qualquer envolvimento em milícias. O irmão do deputado, vereador Jerônimo Guimarães, o Jerominho (PMDB), é acusado de integrar a "Liga da Justiça". Jerominho está preso desde o fim do ano passado e também nega envolvimento com o grupo.

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Relator do caso na CCJ, o deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) defendeu a manutenção da prisão de Natalino. O relator disse que a presença de pessoas armadas na casa do deputado, algumas também suspeitas de integrarem milícias, justifica a prisão em flagrante. "Existe um processo no Órgão Especial do Tribunal de Justiça contra o deputado por formação de quadrilha armada e a comprovada existência de dois ou três funcionários do gabinete que foram presos", declarou Corrêa da Rocha. Votaram com o relator os deputados Inês Pandeló (PT), Átila Nunes (DEM), Alair Corrêa (PMDB) e Paulo Melo (PMDB).

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