Depois de Pernambuco, foi a vez do Ceará pedir ajuda ao governo federal para combater o zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e responsável pelo surto de casos de microcefalia em bebês. O governador do estado, Camilo Santana (PT), esteve nesta quarta-feira, 2, com o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner. A reunião foi realizada no Palácio do Planalto.
No ofício entregue ao ministro, Camilo pede a “valiosa colaboração” do governo para combater o mosquito, que também é vetor da dengue e da chikungunya. O documento diz que o estado também precisa de ajuda para prestar assistência adequada aos pacientes e, num segundo momento, dar apoio às famílias que tiveram bebês com o diagnóstico de microcefalia, uma má-formação que causa retardamento mental em 90% dos casos.
No sábado (28), com base no resultado de exames realizados em um bebê nascido no Ceará, o Ministério da Saúde confirmou a relação entre o zika vírus e o surto de microcefalia. A má-formação, considerada rara, teve um aumento súbito este ano. Até sexta-feira, foram notificados 1.248 casos da síndrome em todo o país – 25 deles no Ceará.
Pernambuco, que tem o maior número de casos registrados de bebês com microcefalia, anunciou um investimento de R$ 25 milhões para combater a epidemia na segunda (30). Os recursos, porém, são estaduais e não do governo federal. De concreto, até agora, o Planalto ofereceu a ajuda do Exército para ações para evitar a proliferação do mosquito.
O ministro da Casa Civil classificou o Aedes aegypti como “o inimigo número 1 da saúde no país” nesta terça-feira (1.º). Em sua conta no Twitter, Wagner afirmou que o governo estava preparado para enfrentar essa “questão de frente” e vai fazer de tudo para combater o avanço da epidemia.
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