Contraponto
Veja o que dizem os dois lados do caso:
Celepar
A habilitação da funcionalidade de compartilhamento das contas da SESP com o usuário "Administrador Expresso SESP" ocorreu numa operação de manutenção do sistema, em junho de 2013. A situação era visível aos usuários, podendo ser eliminada individualmente a qualquer momento pelo detentor da conta e não gerou qualquer invasão às caixas postais, comprovado pelos relatórios técnicos.
Polícia Científica
Os usuários administradores do Expresso no Instituto de Criminalística e no IML não possuem acesso a tal funcionalidade (o compartilhamento ilegal), ou seja, não conseguem habilitar/desabilitar um compartilhamento na conta de um usuário das Instituições, sem o conhecimento do proprietário da conta.
A Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar) negou, ontem, que tenha invadido os e-mails das forças de segurança do estado. No domingo, a Gazeta do Povo mostrou que documentos sigilosos revelam que um "usuário secreto" teve acesso a várias contas de e-mail das polícias Científica, Militar e Civil, contrariando os argumentos da Companhia.
A Celepar alega que há uma análise técnica no histórico de acesso às contas, realizada no mesmo dia em que a reportagem saiu, que comprovaria que não houve invasão. A Companhia afirma que "um representante da área de Segurança Pública do Estado" acompanhou a análise. A nota ainda afirma que não há reclamação de usuários sobre tal violação. "Não existe 'usuário secreto'. A conta de e-mail mencionada pela imprensa é de Administração do Sistema de e-mails Expresso e está em uso desde 2004. Sua finalidade é de gestão do serviço", diz a nota da Companhia.
Na posse do novo presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Edson Luiz Vidal Pinto, na tarde de ontem, o governador Beto Richa afirmou também que não houve irregularidades. "Cobrei explicações da Celepar e, segundo ela, é completamente equivocada e descabida [a denuncia]. Não há invasão, nem quebra de sigilo. São administradores de e-mails contratados", disse.
A Celepar afirma que qualquer usuário do e-mail poderia verificar e desativar o compartilhamento ilegal com o "Administrador Expresso SESP", o "usuário secreto". De acordo com o texto, "a situação era visível". "A situação era visível aos usuários, podendo ser eliminada individualmente a qualquer momento pelo detentor da conta e não gerou qualquer invasão às caixas postais, comprovado pelos relatórios técnicos", explica.
A Polícia Civil havia apontado que uma investigação comprovou a invasão e que a espionagem partiu da estrutura do estado. O relatório da Polícia Científica faz referência à sindicância conduzida pela PM para apurar a ilegalidade.
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