A promessa terapêutica das células-tronco começa a ser testada em animais de estimação no Brasil - trazendo a reboque, assim como nos experimentos clínicos humanos, uma série de dúvidas e preocupações. Um projeto pioneiro de uma empresa de biotecnologia e um hospital veterinário de São Paulo começou no mês passado a selecionar cães e gatos para testes clínicos com células-tronco adultas.
A meta inicial é escolher 40 animais portadores de cardiopatias e 40 com insuficiência renal para os primeiros experimentos, nos próximos meses. Animais com outras doenças ou traumas também poderão ser incluídos no estudo, desde que estejam em estado terminal e já tenham esgotado as opções de tratamento convencional.
"Estamos falando de um protocolo clínico, igual ao que é usado para seres humanos. Diferente do que se faz com animais de laboratório", explica o veterinário Mário Marcondes, diretor clínico do Hospital Veterinário Sena Madureira, que coordena o projeto em parceria com a empresa Celltrovet, responsável pela produção das células.
Ele faz questão de ressaltar que o tratamento, por ser experimental, é gratuito. E não há resultado garantido. "Não se pode cobrar por uma terapia antes que sua eficácia esteja comprovada."
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