O Ministério da Educação e a oposição no Congresso estão trabalhando para aprovar ainda em 2024 um projeto de lei que proíba o uso de celulares nas escolas públicas e particulares, para que a medida entre em vigor já no ano letivo de 2025. Segundo informações do jornal O Estado de S.Paulo, as comissões de Educação e de Constituição e Justiça da Câmara, comandadas por parlamentares da oposição, pretendem acelerar a tramitação do projeto, que é consensual, e o MEC deve abrir mão de enviar um texto próprio.
O texto que tramita atualmente na Câmara foi proposto em 2015 por Alceu Moreira (MDB-RS), já teve vários outros projetos apensados a ele, e seu relator na Comissão de Educação é Diego Garcia (Republicanos-PR). O deputado afirmou ao Estadão que o presidente da Comissão de Educação, Nikolas Ferreira (PL-MG), deve pautar a votação na próxima sessão do colegiado, que não tem data marcada – o Congresso vive a última semana de “recesso branco” antes do segundo turno das eleições municipais. Se passar pela Comissão de Educação, o texto segue para a Comissão de Constituição e Justiça, presidida por Caroline de Toni (PL-SC), onde também não deve encontrar dificuldades; sendo aprovado ali, irá diretamente para o Senado, para que haja mais tempo de os senadores aprovarem o projeto ainda este ano.
O jornal paulista também apurou que, apesar da promessa feita pelo ministro da Educação, o petista Camilo Santana, de apresentar um projeto com o mesmo teor, a pasta optou por endossar o texto que já tramita na Câmara para não retardar a aprovação. Diego Garcia afirmou que o MEC está de acordo com as linhas principais da versão mais recente do projeto, que proíbe os alunos do ensino infantil até o 5.º ano do ensino fundamental de levar celulares à escola, enquanto alunos do 6.º ao 9.º anos do ensino fundamental, e também os do ensino médio, poderiam levar o aparelho na mochila, mas sem usá-lo, nem mesmo nos intervalos. As únicas exceções seriam o uso monitorado pelo professor em atividades pedagógicas, ou nos casos de estudantes que precisem do celular por motivos de acessibilidade. Na terça-feira, dia 22, Garcia deve se reunir com representantes do MEC para acertar detalhes finais no texto. “Se eles [do MEC] tiverem alguma outra contribuição positiva a apresentar, não vamos nos opor a nada. O projeto já está maduro o suficiente. Acolhemos sugestões de todos parlamentares, todos partidos que nos procuraram”, disse Garcia ao Estadão.
A medida também tem amplo apoio da população, medida em pesquisas de opinião, e de entidades da sociedade civil e do setor médico, como a Sociedade Brasileira de Pediatria. É embasada, também, em estudos que demonstram o prejuízo do uso de telas nos processos cognitivos das crianças, especialmente durante a primeira infância; outras pesquisas também encontraram efeitos benéficos da proibição do celular na escola em países como a Noruega, onde as instituições de ensino são livres para definir suas políticas, permitindo comparação entre as escolas que aceitam o celular e as que o restringem.
Quem são os jovens expoentes da direita que devem se fortalecer nos próximos anos
Frases da Semana: “Kamala ganhando as eleições é mais seguro para fortalecer a democracia”
Iraque pode permitir que homens se casem com meninas de nove anos
TV estatal russa exibe fotos de Melania Trump nua em horário nobre
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião