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Painel

Cenografia

A megaoperação das Polícias Civis que na sexta prendeu quase 2.000 pessoas no país, a maioria em São Paulo, teve como "laboratório" mutirões de menor escala realizados recentemente na Grande SP e foi precedida por medidas como a triplicação da capacidade de emissão de boletins de ocorrência eletrônicos e a inauguração, na véspera das prisões, da nova "sala de situação" da Polícia Civil. Estampada nos jornais de sábado, a foto da sala, a partir da qual a cúpula dava ordens e acompanhava em laptops o andamento dos trabalhos, indica que se pretendeu demonstrar, além de "força", como declarou o delegado-geral, Mário Jordão Toledo, uma imagem de eficiência que o público não costuma associar à corporação.

Vespeiro – O deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), que deverá assumir o Ministério da Defesa, é um partidário da regulamentação do direito de greve do funcionalismo, e, dentro dela, da proibição de paralisações de setores considerados estratégicos, como o dos controladores de vôo. Figurinhas – O novo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, teve um encontro sábado no Rio com José Serra, que comandou a pasta no segundo governo FHC. Tudo de novo – Alvo de boicote de ministros e funcionários do Tribunal de Contas da União, que vetaram sua entrada no órgão, o ex-senador Luiz Otávio (PA), indicado pelo PMDB para presidir a Eletronorte, enfrenta agora campanha aberta do sindicato do setor contra sua nomeação. Auto-suficiente – Isolado na bancada de deputados do PMDB, que o considera um legítimo representante dos interesses dos senadores da sigla, Jáder Barbalho (PA) negocia diretamente com Lula sua cota de nomeações. Lista telefônica – Parceiro de Renan Calheiros (AL) na indicação de Luiz Otávio para a Eletronorte, Jáder pretende ainda manter na estatal o diretor de Tecnologia, Manoel Ribeiro, indicar o presidente da Sudam e encontrar uma vaguinha para o aliado José Priante, derrotado na disputa pelo governo do Pará. Tudo depende – Paulo Lacerda, que já concordou em continuar por alguns meses à frente da PF, dá mostras de que aceitaria permanecer no cargo definitivamente, desde que fossem preenchidas certas condições, como a segunda parcela do aumento salarial dos policiais e um projeto de plano de carreira.

Mãos cheias – Lacerda também defende maior definição do papel da PF na segurança pública – que em tese não é sua atribuição. "Com o dinheiro que temos, nossa capacidade de ação bateu na tampa", diz o diretor-geral. Assim não dá 1 – É grande a pressão feita sobre o governo pelas agências reguladoras, que têm até o próximo dia 31 para cumprir a determinação legal de demitir cerca de 500 funcionários contratados sem concurso na época da formação desses órgãos, ainda no governo FHC. As agências alegam que eles têm formação específica e são, por isso, indispensáveis. Assim não dá 2 – Desde o início do governo Lula, cerca de 2.000 funcionários que passaram por concurso foram admitidos nas agências reguladoras. Outros 500 aguardam chamada. O governo diz que não há solução para manter os não-concursados. Sem-teto – O Psol entrou com mandado de segurança no STF para garantir o direito de manter a estrutura de liderança partidária. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), avisou que a legenda, por ter apenas três deputados, será despejada no fim do mês.

Agora vai – Depois de muito ameaçar, o senador Romeu Tuma (SP) está às vésperas de concretizar sua saída do PFL, legenda na qual ficou sem espaço. Seguirá para o PTB.

TIROTEIO

Do deputado PAULO BORNHAUSEN (PFL-SC), sobre a revisão feita pelo IBGE no cálculo do Produto Interno Bruto, que elevou de 2,6% para 3,2% o crescimento nos três primeiros anos do governo Lula:

– O governo perdeu o jogo do crescimento no campo e agora quer ganhar no tapetão.

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