O resultado parcial do Censo 2010 divulgado ontem confirma a tendência de envelhecimento da população brasileira, fruto da redução da taxa de fecundidade e do aumento da expectativa de vida. De acordo com o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo Pereira Nunes, os dados indicam que o país poderá deixar de ser um país jovem em cerca de 30 anos. "Mantidas as condições atuais de fecundidade, expectativa de vida e movimento migratório, o país deixará de ser um país ainda jovem para se tornar adulto", disse.
Até a manhã de ontem, 153,6 milhões de brasileiros já tinham sido recenseados. O número equivale a 80,22% da população estimada em 2009. A análise dos dados preliminares revelou que a proporção do número de pessoas de 0 a 4 anos no total da população brasileira passou de 9,64% em 2000, data do último censo, para 7,17% neste ano.
O número absoluto de idosos com mais de 100 anos também aumentou, passando de cerca de 14 mil no censo anterior para cerca de 17 mil no atual como ainda falta recensear cerca de 20% da população, essa diferença pode ser ainda maior. Como ainda há muitos dados a serem coletados na área rural, onde predomina a população nessa idade, a expectativa é que o número de centenários torne-se bem maior até o fim da coleta, em 31 de outubro. O estado com o maior número de pessoas acima de 100 anos, em 2010, é a Bahia (2.473). Em São Paulo, são 2.248 contabilizadas até o momento.
De acordo com o IBGE, a tendência de envelhecimento da população resultou também na redução do número médio de habitantes por domicílio, de 3,79 para 3,34. Houve redução, na década, de pessoas por domicílio na área urbana (3,64 para 3,29) e na área rural (4,17 para 3,64). "É algo muito expressivo e característico do Brasil na década de 2000, o recuo na taxa de fecundidade cada vez mais generalizado, na área urbana e rural", disse o presidente do IBGE.
Segundo Nunes, o trabalho de coleta de dados do Censo 2010 deverá se encerrar antes do prazo estabelecido, em 31 de outubro, porque "o processo ocorre aceleradamente em todas as regiões". No entanto, ele disse que não haverá divulgação antecipada de resultados, e sim aproveitamento da "folga no calendário" para "aprofundar o trabalho de supervisão e revisão". Em 27 de novembro, os dados serão encaminhados para o Tribunal de Contas da União (TCU).
O presidente do IBGE disse ainda que ao menos 600 mil domicílios que já responderam ao questionário serão revisitados. O procedimento faz parte do trabalho de checagem de dados, que visa analisar a consistência das informações transmitidas pelos recenseadores.
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