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O serviço 180 – central telefônica de atendimento à violência contra a mulher – recebeu 271,7 mil ligações entre janeiro e maio deste ano. Um aumento de 95,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram relatados 138,9 mil casos ao serviço. Os dados preliminares foram divulgados pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, que administra o serviço. As atendentes do 180 encaminham os casos para os órgãos competentes.

Pelo menos 51,3 mil chamadas feitas nesse ano se referiam a relatos de violência. Entre os tipos de agressão estão a física (com 29,5 mil casos), a psicológica (13,4 mil casos), a moral (6,4 mil casos), a sexual (1.060), a patrimonial (887), o cárcere privado (207) e o tráfico (42). Segundo o levantamento, a maioria das vítimas é negra (58,2%), casada (68,3%) e tem entre 20 e 45 anos (62%).

Outro item do levantamento é que em 68,9% dos casos, as agressões foram presenciadas pelos filhos do casal. Para a coordenadora geral da ONG Themis, Rubia Abs da Cruz, isso é muito preocupante. "As crianças aprendem que você pode resolver conflitos usando a agressão", afirma.

Na avaliação da secretaria, o aumento no número de denúncias é resultado da campanha "Uma vida sem violência é um direito de todas as mulheres", que é divulgada na mídia. No ano passado, o serviço telefônico recebeu 401,7 mil ligações. O Paraná respondeu por 5,6% das denúncias.

Serviço:

O serviço 180 de apoio à mulher vítima de violência é gratuito e funciona 24 horas, todos os dias da semana. A atendente vai indicar à vítima a rede de atendimento disponível em sua cidade ou em seu estado. A mulher agredida também pode procurar as Delegacias de Defesa da Mulher. Na inexistência do serviço especializado, pode procurar delegacias comuns ou o Ministério Público. A Polícia Civil mantém uma lista com telefones e endereços de delegacias de todo o Paraná no site www.pr.gov.br/policiacivil.

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