A Central de Atendimento à Mulher registrou aumento de 49% no número de ligações de janeiro a dezembro de 2009, comparado a 2008. Foram registrados 401.729 atendimentos, dos quais 171.714 solicitavam informações sobre a Lei Maria da Penha (que tornou mais rigorosas as punições para casos de violência contra a mulher), contra 117.546 do ano anterior.
Segundo a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), o avanço está ligado à divulgação feita pela instituição ao longo de todo o ano, até o dia 25 de novembro, quando é comemorado o Dia da Não Violência Contra a Mulher.
O serviço não formaliza as denúncias de agressão, mas dá informações e orienta as vítimas sobre os meios de concretizar a denúncia. O serviço informa, por exemplo, a delegacia mais próxima, presta esclarecimentos sobre a Lei Maria da Penha e, em casos mais graves, indica casas de abrigo ou como solicitar proteção.
A ouvidora da SPM, Ana Paula Schwelm Gonçalves, afirma que a divulgação de campanhas em parceria com organizações não governamentais (ONGs) tem sido fundamental para incentivar a mulher a buscar orientação e a denunciar agressões.
"As ONGs ajudam a expandir o trabalho, no sentido de orientar as vítimas ou repassar o nosso número. Essa divulgação é feita constantemente pelos canais de comunicação que essas organizações têm. Um trabalho conjunto que tem funcionado."
O estado de São Paulo e o Distrito Federal são recordistas nas ligações à Central de Atendimento. A ouvidora explica que o fluxo nessas regiões está ligado à facilidade de acesso à informação. Ela ainda explica que em termos gerais, 90% das ligações recebidas na central são feitas pela própria vítima e que 70% ligam para pedir informações sobre lesão corporal leve e ameaças.
O Atendimento 180 funciona 24 horas, todos os dias, com abrangência em todo o país.
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