O Sistema Integrado de Mobilidade (SIM) já é visível em algumas ruas de Curitiba, mas ainda não tem data para começar a funcionar. Câmeras que integrarão o sistema já podem ser observadas ao longo dos 25 quilômetros de ruas que integram o Anel Viário. Além disso, a Central de Controle Operacional (CCO), que será o cérebro do projeto que envolve a prefeitura de Curitiba e a Urbs, está em fase de construção e deve ficar pronta ainda no primeiro semestre deste ano.
O sistema é um conjunto de medidas, obras e equipamentos que devem facilitar a gestão do trânsito e do transporte coletivo curitibano. Ainda faltam, porém, diversas etapas para a operação acontecer. Uma delas depende das fibras óticas, a serem instaladas nas ruas do Anel Viário, que farão a ligação das informações entre a CCO e as saídas do SIM, como os paineis com mensagens variáveis e os semáforos adaptativos. A própria Central também não está completa e ainda falta a implantação dos equipamentos e softwares. De acordo com a Urbs, a expectativa é que a CCO esteja pronta entre 90 e 120 dias.
"A partir da finalização da Central, tudo se torna mais fácil. Ela já poderá começar a receber informações e monitorar o trânsito e o transporte", afirma o diretor de Transporte da Urbs, Antônio Carlos Araújo. Vinte e uma câmeras já foram instaladas no Anel Viário, 190 semáforos adaptativos e 14 paineis luminosos também devem ser implantados nas ruas.
As imagens das câmeras serão analisadas por técnicos de transporte e trânsito na Central. Esses profissionais, então, distribuirão mensagens pelos paineis luminosos para os motoristas e avisarão também os condutores de ônibus. "A ideia é reunir em uma sala um núcleo de comando de operações on-line. O motorista de ônibus será avisado em tempo real se precisa desviar uma rota e não vai ficar preso em acidentes ou obras", explica Araújo.
Os semáforos adaptativos também facilitarão a vida de quem fica preso no trânsito da capital. "O tempo do semáforo será programado conforme a necessidade de cada cruzamento", afirma o diretor da Urbs. Dessa forma, o semáforo pode ter tempos diferenciados ao longo do dia para aliviar o fluxo de um dos lados do cruzamento, assim como abrir o sinal quando não há carros na rua transversal.
Rotas alternativas
Para o especialista em trânsito Orlando Pinto Ribeiro, a solução chega para minimizar o excessivo volume de tráfego. "Mas é preciso indicativos de rotas alternativas viáveis para induzir as pessoas a diluírem o tráfego. Se não tiver isso, vai ser apenas televisionado e transmitido para a Central que a situação do trânsito está ruim", explica. Uma dessas formas, segundo ele, seria usar ruas que mudem de mão em determinados momentos, como acontece em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo.
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