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Centro reúne forças de segurança e já monitora o Paraná por câmeras

 | Brunno Covello/Gazeta do Povo
(Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo)

Demorou, mas finalmente começará a funcionar o Centro Integrado de Comando e Controle do Paraná (CICCR), legado da Copa no Brasil e doado ao governo do estado em agosto do ano passado. O governador Beto Richa (PSDB) assinou na manhã desta terça-feira (4) o termo de cooperação que reativa o centro e promete melhorar os procedimentos da polícia.

Agora, diversos órgãos de segurança pública podem monitorar a capital 24 horas por dia por câmeras e softwares, compartilhar seus bancos de dados e aprimorar procedimentos. Entre as novidades, está a inserção do Boletim de Ocorrência (BO) eletrônico. Ao invés do velho sistema manual, de papel, os policiais terão tablets e acesso em tempo real aos dados disponíveis na segurança pública.

Ao todo, duas mil câmeras farão o videomonitoramento e auxiliarão o trabalho da polícia. A interligação será feita com câmeras de seguranças públicas e privadas – o governo assinou parcerias com instituições como a Associação Comercial do Paraná (ACP), Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) e shoppings centers.

Segundo Wagner Mesquita de Oliveira, secretário da Segurança Pública, a efetivação do CICCR demorou por motivos técnicos difíceis de contornar, mas o resultado entregue à população valerá a espera. “Teremos câmeras nas fronteiras, controle de viaturas, maior comunicação entre os órgãos da polícia”, diz.

O sistema operacional contará com 48 posições estratégicas no Paraná, que mudarão conforme as necessidades de investigação e intensificação de atividades.

O governador elogiou os avanços tecnológicos e aproveitou para refletir sobre as atividades das corporações. Depois de dizer que as polícias paranaenses já prenderam mais de 25 mil pessoas em 2015 e, se mantido esse ritmo, prenderão 50 mil até o fim do ano, o que comprovaria a eficiência do trabalho, ele relembrou que o Paraná já foi classificado como o pior sistema prisional do país e está realizando ações para reduzir a população carcerária.

“Não podemos permitir penitenciárias superlotadas. Pessoas que cometeram crimes mais leves deveriam cumprir suas penas fora das unidades prisionais. Todos devem pagar por seus crimes perante a sociedade, mas não podemos esquecer que são seres humanos”, afirmou. O governador lembrou que cada preso custa ao erário aproximadamente R$ 3 mil por mês.

Legado

A história do CICCR é um tanto acidentada. Primeiro, foi implantada uma estrutura operacional visando a segurança na Copa. Em julho do ano passado, a estrutura foi cedida para a Sesp, ficando parcialmente parada até dezembro. De acordo com a Sesp, a estrutura era usada só em grandes eventos, como eleições e manifestações populares. Mas só agora o centro está pronto para entrar em operação plena.

O Centro Integrado é formado pelas polícias Civil, Militar, Científica, Corpo de Bombeiros, as Polícias Rodoviária Estadual e Federal, Guardas Municipais Metropolitanas e o Departamento de Execução Penal (Depen).

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