O último domingo (18) antes do Natal levou os curitibanos às ruas do Centro da capital. Normalmente vazio, o calçadão da Rua XV de Novembro passou o dia cheio de famílias atrás de presentes para as festas de fim de ano. Enquanto os comerciantes que abriram as portas comemoravam o bom movimento, grupos que organizaram manifestações na Praça Santos Andrade lamentavam a baixa adesão. “Não dá para competir com o Papai Noel”, disse Narli Resende, organizadora de um protesto pelo fim dos privilégios aos políticos e de apoio à operação Lava Jato na praça.
A vendedora de uma loja de calçados Thais Lima Felicio estava animada com o movimento de clientes nas lojas da XV. “Não achávamos que ia ter tanta gente comprando. Parece sábado”, comentou. O vendedor ambulante José Roberto Souza disse que as vendas do dia compensaram a semana ruim. “Parece que agora o pessoal animou em fazer as compras”, disse.
O vigia noturno Sebastião Cerqueira trouxe a esposa e as duas filhas para fazer as últimas compras de Natal da Rua XV. “Aproveitamos que as lojas iam estar abertas e viemos. Não achei que ia ter tanta gente, mas conseguimos achar tudo o que queríamos”, disse.
Vazio
No fim do calçadão da XV, pouco mais de 15 pessoas vestidas de verde e amarelo protestavam em frente ao prédio da UFPR contra os benefícios dos políticos, como o foro privilegiado e as verbas de gabinete, e em apoio ao juiz Sergio Moro. O ato foi organizado pelos grupos Curitiba Contra a Corrupção, Patriotas Paraná e Movimento Brasil Livre (MBL).
A previsão dos organizadores era caminhar pela Rua XV, da Praça Santos Andrade até a Boca Maldita, mas o baixo número de participantes e a ameaça de chuva mudou os planos do grupo. Segundo Narli, esta foi a última manifestação do ano em favor da Lava Jato organizada em Curitiba. A próxima está marcada para o dia 29 de janeiro, em frente à sede da Justiça Federal.
Mais ao centro da praça, outro grupo com cerca de 40 manifestantes vestidos de preto protestavam contra a reforma da Previdência. Organizado pelo Instituto de Direito Previdenciário Brasileiro, o movimento pedia uma auditoria nas contas da Previdência. “Entendemos que o país precisa da reforma, mas não do jeito que foi encaminhada pelo governo na PEC 287. Desse jeito ela fere a dignidade dos cidadãos”, disse a organizadora do ato, Ana Paula Fernandes, que é advogada e professora de Direito. Segundo Ana Paula, este foi o primeiro protesto organizado pelo grupo, que não acredita no déficit da Previdência do “tamanho que o governo diz”.
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