As cerâmicas produzidas no litoral do Paraná têm muitas semelhanças com as peças tupi-guaranis, principalmente no que se refere ao acabamento. O fazer cerâmico era sempre condicionado às fases da lua, que, segundo crenças, têm influência sobre a argila. No litoral do estado, as peças são feitas a partir da tradição cultural e alimentar do povo caboclo. Na década de 60, o principal pólo produtor das cerâmicas foi a região de Medeiros, na baía das Laranjeiras, em Guaraqueçaba. Desta localidade surgiram nomes como o da artesã Maria Gonçalves, que na época já era chamada de "chefe" por causa da grande quantidade de louça produzida e da tradição de quatro gerações no fabrico de cerâmica. Essas e outras curiosidades poderão ser conhecidas na Exposição Cerâmica Cabocla do Litoral do Paraná, que começou ontem e ficará aberta ao público até 11 de novembro. São 38 peças diferentes expostas na entrada da Secretaria de Estado da Cultura (Rua Ébano Pereira, 240 Centro). Horário de visitação: de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas. Entrada franca.
