A Urbs, empresa responsável pelo transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana, anunciou que vai recadastrar cerca de 200 mil usuários que não pagam passagem de ônibus na capital. A medida foi tomada após uma reportagem do ParanáTV que mostrava que uma fraude nos cartões permitia o passe livre.
Na reportagem, uma mulher conta que conseguiu o cartão sem passar por nenhum exame médico ou ter de provar que precisava dele. Uma colega de trabalho teria indicado uma clínica que trata de pessoas com distúrbios mentais, onde bastaria pagar para ter o cartão. A mulher acusada de agenciar os cartões é a vendedora Isabel Ramos Gastaldi.
Segundo o telejornal, ela tem um cartão de isento e teria feito outro para a prima, Taciana Agostinho, que trabalha na mesma empresa. Procuradas pela reportagem, as duas não quiseram gravar entrevista, mas responsabilizaram a mulher que fez a denúncia pela fraude. O dono da clínica não soube explicar quem teria fraudado esses documentos.
O cartão de isento existe há três anos e é dirigido a pessoas doentes e de baixa renda. Em entrevista ao ParanáTV, o diretor de transportes da Urbs, Fernando Gignone, explicou que a revisão não atingirá os idosos. Segundo ele, a primeira revisão de cadastros será feita com os cartões feitos na clínica. Depois, os usuários isentos serão chamados para validar seus cartões, que continuam funcionando até o recadastramento.