O que abre e fecha no "feriado" em Londrina

Escolas

A rede municipal de ensino manterá o calendário que previa o feriado municipal. Portanto, não haverá aula.

O Núcleo Regional de Ensino informou que as escolas estaduais também não terão aulas – recesso que já estava previsto no calendário escolar aprovado no ano passado. Porém, haverá atividades administrativas normais.

A Universidade Estadual de Londrina (UEL) também estará em recesso. Todos os departamentos não terão atividades, incluindo o administrativo do Hospital Universitário (HU), que vai funcionar em regime de plantão.

A Biblioteca Pública Municipal e o Museu de Arte também fecham. A sede administrativa da Prefeitura também estará fechada.

Saúde

Já os serviços municipais de Saúde funcionarão normalmente. A Policlínica, as unidades básicas de saúde de 12 horas e o Centro de Especialidades Odontológicas atenderão em horário normal, assim como a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Sabará, as Unidades de Pronto-Atendimento Municipal Adulto e Infantil (16h e 24h), a Maternidade Municipal Lucilla Ballalai, o Samu e o Siate.

Transporte

O transporte metropolitano vai funcionar em regime normal. Segundo Adalberto Lopes, da gerência da TIL, o único serviço que não estará funcionando é o transporte escolar, já que não haverá aulas na rede pública.

De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (Metrolon), o transporte coletivo em Londrina também funcionará normalmente.

Lixo

A coleta do lixo domiciliar urbano vai ser feita normalmente, assim como a coleta de recicláveis. O trabalho de varrição, capina, roçagem e limpeza de lagos também está mantida nesta quarta-feira (20).

Feiras

As feiras livres e noturnas serão realizadas normalmente. Já a escala de trabalho dos agentes municipais de trânsito sofrerá alterações de efetivo, no regime de escala reduzida. (Telma Elorza e Juliana Gonçalves)

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Cerca de 300 pessoas se reuniram na Concha Acústica, na manhã desta quarta-feira (20), para protestar contra a suspensão do feriado municipal do Dia da Consciência Negra pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) - diante da qual a Prefeitura de Londrina decretou ponto facultativo. Além de membros do movimento negro e de representantes de entidades, vereadores e estudantes de escolas de Londrina e de Cambé participavam da manifestação por volta das 10h55. Você foi prejudicado com a suspensão do feriado desta quarta-feira em Londrina? Clique aqui e deixe seu depoimento!

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A morte de Vilma Santos de Oliveira, a Yá Mukumby, foi lembrada pelos manifestantes. A ex-líder do movimento negro em Londrina foi assassinada a facadas, em agosto deste ano, no Jardim Champagnat. Além dela, outras três pessoas foram mortas por um homem de 30 anos.

O militante do movimento negro de Londrina José Mendes criticou o caráter patronal da decisão da Justiça em suspender o feriado no Município. "A lógica é que Londrina perderia R$ 19 milhões neste dia. Mas esse dinheiro todo não vai para os trabalhadores, e sim para o bolso dos patrões", bradou. A suspensão também foi tachada por ele como racista. "Fosse outro feriado cívico, como Tiradentes ou Proclamação da República, estariam todos em casa. Como é um feriado negro, gerou toda essa mobilização."

A gestora municipal de Promoção da Igualdade Racial da Secretaria Municipal de Educação, Sandra Rocha, relembrou os anos de luta pelos quais os negros passaram para justificar o feriado. "Foram 400 anos de escravidão e ainda hoje há esse déficit social e econômico." Segundo ela, ações afirmativas, como as cotas raciais, são uma forma de reparação histórica, mas o caminho a ser percorrido até a igualdade ainda é longo.

Sobre a indecisão jurídica a respeito do feriado, Sandra classificou a decisão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) como "racismo institucional". "Tudo foi decidido em cima da hora, sem chance de negociação. Esse feriado existe em mais de mil municípios em todo o Brasil, mas em Londrina foi diferente."

Indecisão

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Até o início da noite de terça-feira (19), véspera do feriado, não havia consenso se o feriado seria ou não mantido. As autoridades competentes – o prefeito Alexandre Kireeff (PSD) e o presidente da Câmara Municipal, Rony Alves (PTB) - não haviam sido comunicadas oficialmente até as 19 horas sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) proposta pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) junto ao TJ. Os procuradores jurídicos do Município, Zulmar Fachin, e da Câmara, Regis Belizari, são divergentes no entendimento da lei. Comércio e indústria, no entanto, abriram normalmente, garantidos por liminares anteriores.

De acordo com Belizari, a falta de notificação oficial – que, por serem os interessados órgãos públicos, teria De ser feita pessoalmente por um oficial de Justiça -, mantém a lei válida. "Sem a notificação em mãos, feita pessoalmente por um oficial, não há validade porque os prazos de recursos não podem começar a correr." Já Fachin disse acreditar que, por não haver partes, basta o fato ser de conhecimento público para a liminar ter validade. "Está se questionando uma lei. E, portanto, a liminar suspende a lei."

Independentemente da confusão jurídica, comércio e indústria trabalham normalmente, se baseando nas liminares conseguidas pela Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil) e pelos sindicatos de várias indústrias, nas semanas anteriores. Segundo o assessor jurídico da Acil e Sincoval, Ed Nogueira de Azevedo Júnior, a liminar é ampla e garante praticamente a abertura de todas as lojas comerciais e indústrias associadas à entidade. "Sendo ou não feriado, poderão trabalhar normalmente." Estão fora apenas os prestadores de serviço não associados, educação e órgãos públicos.

O presidente da Câmara, Rony Alves, anunciou, no final da sessão ordinária de terça-feira (19), que o Legislativo londrinense vai cumprir a lei municipal 10.816/2009, referendada pelo Código de Posturas do Município, e comemorar o feriado municipal do Dia da Consciência Negra.

Para garantir o recesso nos serviços municipais, no final da tarde de terça-feira (19), o prefeito decretou ponto facultativo para todo o funcionalismo. Somente os serviços de saúde estão com expediente normal e, de acordo com afirmação de Kireeff à RPCTV, apenas por conta da movimentação que a abertura do comércio deve causar. Creches e escolas municipais não funcionam nesta quarta-feira (20), o que significa cerca de 60 mil crianças sem aulas.

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