Servidores municipais realizaram uma manifestação, nesta terça-feira (10), em frente ao prédio da prefeitura de Curitiba, no Centro Cívico. Por volta das 17 horas, cerca de 300 trabalhadores das áreas de saúde, educação e meio ambiente estavam reunidos no local. Os servidores estão em negociação salarial, mas alegam que não são recebidos pela administração municipal.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (SISMUC), Irene Rodrigues dos Santos, uma pauta de reivindicações foi enviada para a prefeitura em 19 de fevereiro e até agora não teriam recebido nenhuma resposta. A data-base da categoria é no dia 31 de março.
Os servidores querem reajuste salarial de 39,45% para todos as áreas do funcionalismo municipal. Outra reivindicação é a incorporação nos salários das gratificações recebidas pelos servidores. A presidente do sindicato citou o exemplo de alguns médicos que recebem R$ 6 mil, sendo que o salário base é R$ 1,6 mil e o restante são as gratificações. "O servidor não tem direito de ficar doente em Curitiba, porque senão perde a gratificação", afirma.
A prefeitura nega a informação de esteja evitando negociar com os servidores. No final da tarde desta terça, os representantes do Sismuc foram recebidos pelo secretário do Trabalho e Emprego, Jorge Bernardi. A primeira etapa de negociação ficou marcada para o dia 17. Segundo a prefeitura, a negociação já estava agendada desde o dia 19 de fevereiro.
Servidores do magistério
Em paralelo, outras negociações já estão acontecendo. Um encontro no começo da tarde a prefeitura anunciou ao Sindicato do Magistério Público Municipal de Curitiba (Sismmac) que fará uma adequação de enquadramento na carreira de servidores municipais da educação. A medida beneficia profissionais do magistério, integrantes da atual Docência II (que dão aulas para 5ª e 8ª séries).
O ganho para o grupo poderá ser de até dez referências, conforme a situação funcional de cada servidor. O impacto na folha de pagamento da Prefeitura será de R$ 8 milhões. O secretário municipal de Recursos Humanos, Paulo Schmidt, presente na reunião, explicou a presidente do Sismmac, Simeri Ribas Calisto, que o pagamento das referências será feito de forma escalonada, a partir deste ano até 2012.