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Cerca de 600 militantes do MST participaram da mobilização em Curitiba | Aniele Nascimento / Agencia de Noticias Gazeta do Povo
Cerca de 600 militantes do MST participaram da mobilização em Curitiba| Foto: Aniele Nascimento / Agencia de Noticias Gazeta do Povo

Cerca de 600 representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) fizeram uma passeata por ruas centrais de Curitiba, na manhã desta terça-feira (13). A manifestação tem como objetivo cobrar agilidade no processo de reforma agrária no país e para lembrar o massacre de Eldorado Carajás (PA), ocorrido em 1996.

De acordo com a assessoria do MST, trabalhadores de todas as regiões do estado participam da manifestação nesta terça. A mobilização começou às 7 horas, com integrantes do movimento se concentrando em frente ao Monumento Antonio Tavares, na BR-277, na entrada de Curitiba, onde promoveram um ato simbólico. De lá, por volta das 9 horas, eles partiram de ônibus do movimento em direção à Praça 29 de Março, no bairro Mercês.

Por volta das 10h30, a marcha partiu da praça em direção à Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Centro. Eles percorreram as ruas Professor Fernando Moreira, Visconde de Nácar e André de Barros, provocando o bloqueio das vias conforme passavam por elas. O ponto de trânsito mais afetado foi a Rua Doutor Faivre, onde fica o Incra, que ficou bloqueada por 45 minutos, das 11h30 às 12h15, enquanto os manifestantes entregavam uma pauta de reivindicações.

Ato ecumênico

Às 17 horas, os militantes do MST participam de um ato ecumênico no Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Alto da Glória. De acordo com o MST, o ato pretende discutir a questão da economia solidária - tema da Campanha da Fraternidade de 2010. Outro objetivo da mobilização é homenagear os 19 integrantes que foram assassinados em Eldorado de Carajás, em operação da Polícia Militar daquele município, que completa 14 anos no dia 17 de abril

Eles passarão a noite alojados no Ginásio de Esportes do Tarumã.

Jornada Nacional

A mobilização faz parte de um ato chamado Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária, que é deflagrado nesta terça em âmbito nacional. Em Curitiba, a carta entregue pelos sem-terra pede a retomada da reforma agrária no estado. De acordo com o documento, cerca de cinco mil integrantes do movimento permanecem acampados em situação precária, aguardando a implantação de novos assentamentos. O MST exige, ainda, assistência técnica para as famílias assentadas e infraestrutura, como crédito-habitação e renegociação de dívidas. Segundo a assessoria de imprensa do movimento, 17 mil pessoas vivem em assentamentos do MST no Paraná.

Reuniões

Na quarta-feira (14) deve haver reuniões com o Banco do Brasil, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e secretarias estaduais, e com o Incra para tratar de questões referentes aos acampamentos e assentamentos no estado.

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