Campo Mourão Uma nova fuga em massa de presos da delegacia de Polícia Civil em Goioerê (Região Centro-Oeste do estado) foi impedida pela cerca elétrica instalada no muro e no telhado. O equipamento, que custou R$ 3,5 mil, não havia funcionado em nenhuma das fugas registradas no ano passado.
Para fugir, os detentos usaram uma barra de ferro retirada da porta de uma das celas para abrir um buraco no teto do setor de carceragem temporária. Um dos presos, ao sair pelo buraco, tocou um dos fios da cerca elétrica, que disparou o alarme. Gerson de Almeida, o único investigador e carcereiro no local, percebeu a fuga, correu até os fundos da delegacia, disparou um tiro para o alto e fez com que os presos retornassem às celas.
Em novembro do ano passado, somente em um fim de semana cinco presos fugiram. Três deles cavaram um buraco na laje, pularam um muro com cerca elétrica e escaparam. Os outros dois aproveitaram o descuido dos policiais militares e escaparam pela porta lateral que dá acesso à cozinha, pulando o muro. No início de maio deste ano, 11 presos escaparam depois de cavar um túnel e, antes de deixar o pátio da delegacia, colocaram na boca do túnel uma placa ironizando a fuga com os dizeres "Alvará Doutor Buraco".
"A laje é de residência e é frágil. A construção da carceragem não foi feita para abrigar presos definitivos e sim por um curto período", afirma o delegado Edson Rosa, para quem o problema somente será resolvido quando os presos condenados forem transferidos para penitenciárias.
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