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Painel

Chamada oral

O Ministério dos Transportes determinou um mutirão de autorizações na semana passada a fim de apresentar algum resultado à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que fará balanço do PAC na quinta. Após listar os obstáculos que travam a execução das obras, o titular da pasta, Alfredo Nascimento, prepara uma mudança na comissão de licitações do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit). Atualmente, 12 servidores acumulam a liberação de todas as obras. O objetivo é separar a análise de projetos novos, a restauração de estradas e a simples conservação. O ministro diz que as alterações darão mais agilidade ao programa de Lula para o setor.

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Inchaço – O pacote de reestruturação do Dnit estudado pelo Ministério dos Transportes inclui ainda a necessidade de contratação imediata de pelo menos 300 engenheiros. A proposta será levada por Alfredo Nascimento à pasta do Planejamento. Passivo 1 – O ministro Pedro Brito, da Secretaria dos Portos, estuda criar novas empresas para substituir as atuais companhias Docas, responsáveis pela administração dos portos. O objetivo é evitar que dívidas trabalhistas engulam compulsoriamente boa parte do dinheiro do setor, como ocorre hoje. Passivo 2 – Pelos cálculos da secretaria, cerca de 70% das receitas tarifárias das Companhias Docas vão para o pagamento de ações trabalhistas, o que inviabilizaria qualquer programa de reestruturação do setor. Tá bom? – Em seu recente jantar com a bancada do PT na Câmara, Lula pareceu não se impressionar com a rejeição dos correligionários ao projeto de lei complementar que corrige os gastos do governo com a folha de servidores pela inflação mais 1,5%, um dos pilares do PAC. Ou quer mais? – A um petista mais enfático na reclamação, Lula respondeu que poderia, sim, desistir do projeto de lei. Mas apenas para enviar ao Congresso um outro, corrigindo os gastos pela inflação mais 1%. E só. Sem trégua – O projeto dos servidores será alvo dos protestos que movimentos sociais, MST à frente, preparam para o dia 23 deste mês nas capitais. As manifestações serão contra a "perda de direitos", que eles dizem estar presente também na Emenda 3 e na nova reforma da Previdência.

Mercado futuro – Em crise com o PT, o PC do B já faz as contas caso venha a pôr em prática a ameaça de deixar a CUT para montar uma nova central. Pelo levantamento da sigla, cerca de mil sindicatos se filiariam à nova entidade.

Timing – Após deixar tudo pronto para que o aumento do salário dos deputados fosse aprovado na semana passada, o presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), foi aconselhado a adiar o projeto. Tudo para não repetir Severino Cavalcanti (PP-PE), vaiado copiosamente no 1.º de Maio da Força Sindical em 2005. Em todas – Presidente da Força, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) pretende reunir na festa da central lideranças do PSB e do PC do B, partidos que, ao lado dos pedetistas, formam o chamado bloquinho da Câmara. Fernando Gabeira (PV-RJ) foi convidado para se unir ao grupo, mas disse não, obrigado. Longo prazo 1 – Mais uma para a série de divergências entre PSDB e DEM: enquanto a maioria dos tucanos avalia que um eventual novo apagão energético se dará só após Lula sair do governo, os ex-pefelistas acham que a escassez poderá ocorrer já em 2010. Longo prazo 2 – A diferença de análise ajuda a explicar por que os "demos", mais do que os tucanos, avaliam ser possível balançar a árvore de Lula após as eleições de 2008.

TIROTEIO

* Do presidente da UNE, Gustavo Petta, líder estudantil ligado ao PC do B, sobre o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que em seu blog criticou o partido por apoiar manifestações contra o governo Lula.

– Se o Dirceu quer mesmo que este seja um governo progressista, deveria aplaudir a autonomia dos movimentos sociais.

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