A novela da escolha do novo reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) vive seus momentos decisivos. O Conselho Universitário (COUN) decide hoje, a partir das 8h30, se acata ou não o pedido de sindicância feito pela Comissão Eleitoral, com base em denúncias de irregularidades protocoladas pelas três chapas que participaram da disputa.
Essa decisão será crucial para que se defina quando o colégio eleitoral vai se reunir para homologar a lista tríplice a ser enviada ao Ministério da Educação. E a previsão é de mais um dia de tempo quente na Reitoria.
Nem parece que a consulta à comunidade acadêmica já ocorreu. As chapas Moreira Márcia e Francisco Júlio primeira e segunda colocadas, respectivamente travam uma batalha de acusações, usando documentos protocolados na Comissão Eleitoral e declarações pontiagudas. A chapa que ficou em terceiro lugar na disputa, formada por Cid Aimbiré e Antônio César Santos, assiste à escaramuça de camarote, mas aproveita para lançar petardos contra os rivais.
Depois de perder nas urnas e questionar a lisura do processo na Comissão Eleitoral, o primeiro round foi vencido pelo grupo do professor Francisco de Assis Marques e do candidato a vice-reitor, Júlio César Wiederkehr. Estudantes em fúria conseguiram protelar a reunião do COUN que poderia formar o colégio eleitoral e homologar a vitória de Moreira Júnior. Em outro flanco, o grupo protocolou um dossiê em que aponta sete supostas irregularidades cometidas pela chapa do atual reitor todas remetendo a abuso de poder e uso da máquina administrativa da UFPR.
A chapa de Moreira Júnior e Márcia Mendonça constesta as acusações e resolveu contra-atacar, com denúncias de que partidários da chapa Francisco e Júlio teriam se utilizado do mailing do Fórum dos Servidores Técnicos de Nível Superior da UFPR, do Departamento de Administração Geral e Aplicada e do Sindicato dos Técnicos e Estatutários da UFPR, (Sinditest) além de fazer propaganda utilizando o sistema do Hospital de Clínicas no dia da consulta e de usar o malote da UFPR para distribuir panfletos contra a atual administração.
Fora do ringue, a chapa Cid César se ocupa de se diferenciar e lançar farpas contra os grupos antagônicos. Ontem ela divulgou uma nota em que lamenta a "situação vexatória" a que a UFPR está sendo exposta, "reflexo do que foi esse processo eleitoral, que nós denunciamos durante toda a campanha: a intromissão de valores e interesses não acadêmicos no processo de escolha dos dirigentes da UFPR", como descreve um trecho do documento. A carta também acusa as duas chapas de terem feito propaganda fora do âmbito da UFPR, contrariando a decisão da Comissão Paritária, além de apontar irregularidades no processo eleitoral, como a inclusão de eleitores não representados pelo Sinditest.
Por fim, aponta a irrisória participação da comunidade acadêmica no pleito só 55% dos docentes, 52% dos técnicos e 24% dos estudantes aptos a votar compareceram às urnas e defende que o COUN autorize a abertura de sindicância. "Se não fizer isso, estará ferindo a autonomia das entidades às quais ele mesmo delegou responsabilidade para realizar o processo de consulta à comunidade universitária", diz a nota. Por tudo isso, o capítulo de hoje (que pode ser o último) é o mais aguardado da trama.
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