Ponta Grossa As propriedades calmantes do capim-limão e da camomila são aliadas dos funcionários da Penitenciária Estadual de Ponta Grossa (PEPG) no trato com os 494 presos dos regimes fechado e semi-aberto. O projeto de ervas medicinais começou há três anos e é empregado na prevenção de crises de abstinência dos detentos. Pelo menos 80% dos presos eram dependentes químicos antes de irem para a penitenciária.
Inspirado no projeto de ervas medicinais da Prisão Provisória de Curitiba (PPC), no bairro do Ahú, em Curitiba, fechada em julho, a distribuição de chás tem surtido efeito. Hoje, o projeto é desenvolvido apenas em Ponta Grossa. Além das ervas calmantes, também é servido chá de cavalinha aos reclusos pela sua propriedade desintoxicante.
Os presos que chegam à PEPG vindos de cadeias dos Campos Gerais ficam no setor de triagem por 30 dias. Conforme a psicóloga forense e coordenadora do projeto na penitenciária, Andreza Lage, este é o período mais crítico.
Longe das drogas ilícitas e lícitas (nem os funcionários podem fumar no local), os presos dependentes químicos podem ter crises de abstinência reveladas em dores de cabeça constantes, ansiedade e nervosismo. "Nesse caso nós encaminhamos o recluso para a psiquiatria, mas isso é muito raro devido ao projeto de ervas medicinais", explica Andreza. Conforme o último levantamento do setor, feito em março, 40% dos presos usavam drogas ilícitas e 80% eram dependentes de álcool e cigarro.
Da cela do sistema fechado, onde ficam no máximo quatro presos, as canecas de chá são servidas junto com o jantar diariamente. "Acho que o chá é muito bom para mim porque limpa o organismo", diz um dos presos que fumava crack e pediu para não ser identificado. O colega de cela, que também pediu anonimato, era dependente de crack e maconha antes de chegar à PEPG há cerca de duas semanas. "Até agora não senti falta das drogas", completa. Os detentos também têm reuniões semanais de Narcóticos Anônimos (NA) e Alcoólicos Anônimos (AA).
Apesar de haver um plantio, ainda modesto, de capim-limão no terreno da penitenciária, as ervas vêm prontas do Departamento Penitenciário (Depen) de Curitiba. Conforme a psicóloga, ainda não há previsão do emprego dos reclusos no plantio das ervas.
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