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Curitiba

Chefe de UTI é presa durante investigação sobre mortes no Hospital Evangélico

A médica Virginia Soares de Souza, chefe-geral da UTI do Hospital Evangélico, foi detida pela Polícia Civil nesta terça-feira (19) | Henry Milleo / Agência de Notícias Gazeta do Povo
A médica Virginia Soares de Souza, chefe-geral da UTI do Hospital Evangélico, foi detida pela Polícia Civil nesta terça-feira (19) (Foto: Henry Milleo / Agência de Notícias Gazeta do Povo)
Polícia Civil fez operação no Hospital Evangélico nesta terça-feira. Uma médica foi presa e documentos foram recolhidos |

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Polícia Civil fez operação no Hospital Evangélico nesta terça-feira. Uma médica foi presa e documentos foram recolhidos

Nucrisa e Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção à Saúde Pública investigam o caso |

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Nucrisa e Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção à Saúde Pública investigam o caso

O Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa), da Polícia Civil do Paraná, realizou na manhã desta terça-feira (19) uma operação no Hospital Evangélico, em Curitiba, que faz parte de uma investigação sobre crimes contra a saúde pública e sobre a morte de pacientes dentro do hospital.

Durante a ação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão. Uma médica - chefe geral da Unidade Terapia Intensiva (UTI) do hospital - teve a prisão temporária, de 30 dias, decretada e ficará detida durante parte das investigações. O Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção à Saúde Pública – divisão do Ministério Público do Paraná – acompanha o caso.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que vai participar de uma sindicância para investigar os casos de morte na UTI do hospital. De acordo com o órgão, uma médica foi presa sob suspeita de ser responsável por mortes de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva do Evangélico. A médica é a chefe-geral da UTI do hospital, a intensivista Virginia Soares de Souza.

Pela manhã, funcionários do Hospital Evangélico – que não quiseram se identificar – relataram que cerca de dez policiais estiveram no estabelecimento de saúde. Eles entraram pela portaria do setor de Nutrição e foram para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no quarto andar, segundo os empregados. Alguns funcionários do hospital foram levados para a delegacia para prestar esclarecimentos. Dois policiais também saíram do hospital com envelopes de documentos, acompanhados de um médico – que não estava algemado.

Investigação

A delegada titular do Nucrisa, Paula Christiane Brisola, afirmou que a investigação começou há um ano, com base em denúncias dos próprios funcionários do hospital. Segundo ela, aproximadamente 30 funcionários da UTI do Evangélico serão ouvidos nesta terça-feira. A delegada disse ainda que a médica trabalha na instituição há 20 anos. Paula não deu detalhes sobre o caso, que corre em segredo de Justiça.

Após prestar depoimento à tarde, a médica Virginia Soares de Souza foi transferida para o Centro de Triagem I, em Curitiba, onde está detida, sozinha, em uma sala, segundo o advogado de defesa dela, Elias Mattar Assad.

Sindicância

O Hospital Evangélico também relatou, via assessoria de imprensa, que foi instaurada uma comissão de sindicância interna para apurar os fatos denunciados e que não comentariam a ação policial porque não tem conhecimento adequado dos fatos para emitir qualquer parecer. Em relação à profissional detida, o hospital diz reconhecer sua competência profissional e afirma que, até o momento, desconhece qualquer ato técnico que tenha ferido a ética médica e foi cometido pela profissional

A Polícia Civil, por meio da assessoria de imprensa, disse que o caso é sigiloso e que as investigações ainda estão em curso. Uma coletiva de imprensa chegou a ser marcada para o final desta tarde, devido à repercussão do caso, mas o evento acabou sendo cancelado.Defesa

Em nota publicada em sua página na rede social Facebook, o advogado Elias Mattar Assad, responsável pela defesa de Virgínia, disse que uma análise preliminar mostra que a médica não praticou nenhum ato ilícito e que a "suspeita deriva de errada interpretação de escuta telefônica e/ou pessoas próximas não familiarizadas com procedimentos de UTI".

Assad ainda acrescentou que a intensivista "sempre agiu preservando vidas dentro da ética médica e dos critérios nacionais de terapia intensiva com criteriosas discussões dos casos com médicos assistentes e famílias dos pacientes".

Por fim, o advogado informou que a defesa provará a inocência de Virgínia e que assim que a defesa completar os estudos sobre o caso vai ingressar com pedido de liberdade da médica.

Veja mais imagens da operação da polícia

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