Chefe do núcleo de educação de Cascavel deixa prédio sob gritos de “Fora, Beto Richa”

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Professores em greve acamparam na manhã desta segunda-feira (25) em frente ao Núcleo Regional de Educação em Cascavel, no Oeste. O protesto é para impedir o envio de faltas dos professores para a Secretaria de Educação. De acordo com a APP-Sindicato, há um acordo entre os diretores de escolas para não enviar as faltas à chefia do NRE como exigiu o governo e que somente uma escola teria entregado as faltas. Nesta segunda-feira acontece uma reunião entre os diretores de escolas de Cascavel para discutir a questão.

Os servidores começaram a se concentrar em frente ao prédio as 6h15, mas a chefe do NRE, Inez Dalavechia, já estava no local. Os professores suspeitam que ela chegou ainda de madrugada porque sabia do protesto e se antecipou para poder transmitir as faltas. Inez afirma que as faltas foram encaminhadas para Curitiba ainda na sexta-feira (22), mas não soube dizer o número exato de diretores que encaminharam os fatos. Já os grevistas não acreditam que as faltas tenham sido enviadas já que os diretores estão propensos a não encaminhar a lista ao NRE.

Nenhum servidor foi autorizado a entrar no prédio que está fechado e o professores começaram a montar barracas no local, mesmo com a chuva. A chefe do NRE deixou o local por volta das 10 horas. Os professores fizeram dois cordões humanos até à rua para ela passar por entre eles enquanto cantavam a música “Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré. Visivelmente constrangida, Inez tentou cantar junto com os professores, sorriu, se despediu dos professores e ouviu gritos de “Fora, Beto Richa”. Na saída, ela disse que os professores estão exercendo um direito deles e que é preciso ser respeitado. Segundo ela, o NRE tem buscado dialogar com os grevistas.

O professor Daniel Matoso, da APP-Sindicato, disse que os professores ficarão em frente ao NRE por tempo indeterminado até receberem uma orientação do comando estadual de greve. Segundo ele, durante a semana que passou os professores foram pressionados pelo governo a enviarem as faltas dos professores.