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Uma rua inteira em Wenceslau Braz foi destruída pela força da chuva: cidade contabiliza prejuízos | Danilo Nichimura/Tribuna do Vale
Uma rua inteira em Wenceslau Braz foi destruída pela força da chuva: cidade contabiliza prejuízos| Foto: Danilo Nichimura/Tribuna do Vale

As chuvas que atingiram o Norte do Paraná, no início da semana, já deixam 1.897 pessoas desalojadas, em todo o estado, segundo balanço divulgado às 18h desta quarta-feira (13) pela Defesa Civil. A situação mais grave é em Rolândia. Moradores da região também sofrem com a falta de água. Em Maringá, o abastecimento só deve ser normalizado a partir desta quinta-feira (14), segundo a Sanepar. Em Londrina, apenas 30% da população tem água disponível.

O aumento no número de desalojados - eram 896 no boletim anterior às 14h - ocorreu devido aos mil habitantes de Rolândia que estão na casa de amigos e parentes. Eles foram atingidos pelas chuvas que ocorreram entre o último sábado (9) e segunda-feira (11), mas só nesta quarta a Defesa Civil local notificou a sede, em Curitiba.

Norte sofre com falta de água

As fortes chuvas que caíram sobre o Norte interromperam o abastecimento de água, parcial ou totalmente, em 14 cidades da região, segundo a Sanepar. Doze no entorno de Londrina, além de Maringá e Nova Esperança.

Em Maringá, a situação deve começar a ser normalizada apenas na madrugada de quinta (14) para sexta-feira (15). Apenas 15% da população está com água. Os outros 85% são atendidos pelo Rio Pirapó. A Sanepar teve que esperar o nível da água baixar para enviar as seis bombas de água da estação para manutenção. A primeira deve retornar na noite de quinta, e leva cerca de três horas para ser instalada. Após isso, o abastecimento deve iniciar pelas regiões mais baixas da cidade.

A orientação da empresa é para que, em situações como essa, a população use a água de forma racional, priorizando a alimentação e a higiene, sem desperdiçar.

Até a noite desta quarta, o sistema que atende Londrina e Cambé ainda opera com 30% da capacidade de produção, o que significa que cerca de 400 mil moradores de Londrina e de Cambé podem ficar sem água.

Em Siqueira Campos, o atendimento chega a 60% da população. Em Borrazópolis e Marilândia do Sul, a 70%.

Jandaia do Sul já conta com 80% do atendimento, que deve ser normalizado durante a noite desta quarta-feira. A situação também deve voltar ao normal em Tomazina. Em Nova Itacolomi, Wenceslau Braz e Nova América da Colina, a situação já está praticamente 100% resolvida.

Além dos desabrigados, outras 36 pessoas estão em abrigos públicos, disponibilizados pela prefeitura da cidade. Rolândia também está sem abastecimento de água. A meta da Sanepar é restabelecer pelo menos 20% do serviço até o próximo sábado, segundo o gerente da regional nordeste da companhia, Sérgio Bahls.

Também em Rolândia houve o maior número de casas destruidas (15) e foi registrado um desaparecimento. Um motorista de ônibus tentou atravessar uma enxurrada, na segunda-feira (11), e o veículo foi levado pela força da água. Até esta quarta-feira, ele não foi encontrado.

Na terça-feira (12), três ocorrências foram registrados na Região Metropolitana de Curitiba. Em Araucária, a erosão da margem de um rio danificou três casas. Um deslizamento em Fazenda Rio Grande danificou dez casas, e desalojou 72 pessoas. Em Rio Negro houve enxurradas, mas ninguém foi afetado.

Guaraqueçaba, no Litoral, Jacarezinho, no Norte Pioneiro, Jardim Olinda, no Noroeste, e Kaloré, no Norte, também registraram enxurradas na terça. Juntas, as cidades contam com 54 pessoas afetadas.

Jataizinho, no Norte Pioneiro, concentra o maior número de afetados diretamente pela chuva, com 6,4 mil pessoas.

Ao todo, 879 casas foram danificadas, em todo o estado, segundo balanço da Defesa Civil. Dessas, 22 foram destruídas totalmente. Cinco pessoas foram feridas pela chuva, uma em Rolândia e outras quatro em Cambé, no Norte do estado.

Segundo o Simepar, o volume de chuvas que atinge a região Norte chega a 340 milímetros nas últimas 48 horas, nível superior à média histórica para todo o mês de janeiro, que é de 212 milímetros. Uma barragem localizada na região de Apucaraninha, em Tamarana, está com mais de seis metros acima da média e é monitorada pela Copel.

Confira as 42 cidades afetadas pelo temporal no Paraná:

Apucarana

Arapongas

Araucária

Atalaia

Bandeirantes

Cambé

Cambira

Campina Grande do Sul

Campo Largo

Cruzeiro do Sul

Fazenda Rio Grande

Guaraqueçaba

Ibaiti

Ibiporã

Jaboti

Jacarezinho

Jaguariaíva

Jardim Olinda

Jataizinho

Kaloré

Londrina

Mandaguaçu

Marilândia do Sul

Maringá

Nova Esperança

Novo Itacolomi

Paranacity

Paranavaí

Piraí do Sul

Ponta Grossa

Reserva

Rio Bom

Rio Negro

Rolândia

Sabáudia

Santana do Itararé

São José dos Pinhais

Sarandi

Siqueira Campos

Tamarana

Tomazina

Wenceslau Braz

Fonte: Defesa Civil

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