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Rio – A temporada de chuvas no sudeste do país, iniciada semana passada, já matou 50 pessoas e não deve dar trégua, conforme informou a Defesa Civil ontem. A busca por vítimas continua.

Grande parte das mortes ocorreu em regiões montanhosas do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, na quinta e sexta-feira. Muitas das casas construídas em lugares inclinados deslizaram e foram levadas pela lama. Foi declarada situação de emergência em diversas cidades e o número de desalojados em São Paulo já passa de mil.

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, viajou ontem juntamente com o ministro de Integração Nacional, Pedro Britto, para Nova Friburgo, umas das regiões mais afetadas pelas chuvas. No local, eles se reuniram com prefeitos para discutir a situação de calamidade.

O governo federal autorizou uma verba de R$ 57 milhões para ajudar na recuperação dos prejuízos, que não são poucos.

No Rio, pelo menos 26 pessoas já morreram vítimas da chuva, 12 municípios estão em situação de emergência. Além disso já são onze feridos, 5.718 desabrigados e 14.068 pessoas desalojadas. Cento e trinta técnicos e 500 bombeiros trabalham no estado no auxílio às vítimas.São Paulo

Em São Paulo, a chuva deixou 1,2 mil pessoas desalojadas por causa dos deslizamentos.

Desses desabrigados, 193 estavam sem abrigo nos 57 municípios afetados e muitas delas tiveram de ser recolhidas a igrejas. Só na região de Campinas, 115 pessoas tiveram de abandonar suas casas sem ter para onde ir. Em todo o estado, cinco pessoas morreram. Estradas

Além das mortes, de acordo com um boletim divulgado ontem pela Polícia Militar pelo menos seis rodovias tinham trechos interditados por pontos de alagamento ou danos provocados pelas fortes chuvas.

A rodovia Pref. Jorge Bassio Dover (SP-421) está interditada na altura do quilômetro (km) 47 por conta da queda da cabeceira de uma ponte, e uma queda de barreira fechou a Rodovia Joaquim Ferreira no km 326. Pela mesma razão, a SP-421 está fechada na altura do km 42, no município de Lutécia. Danos na cabeceira de uma ponte também provocaram a interdição da Rodovia Hilário Jorge Spury (SP-331), na altura do km 110. Apesar do tempo seco de ontem tanto no Rio como em São Paulo, os boletins climáticos seguem apontando instabilidade, o que mantém prefeituras e órgãos de defesa em estado de alerta. "A chuva vai continuar e deve ganhar força na segunda metade da semana", disse Lucyara Rodrigues Pereira, da Somar Meteorologia.

Em Minas Gerais a situação é alarmante. Subiu para 20 o número de mortes, elevando também para 81 o número de feridos e 4.207 mil desabrigados. Nos sete primeiros dias de janeiro, choveu em Minas Gerais o equivalente a metade da média normal prevista para o mês. A previsão é que os temporais, que castigam o estado mineiro desde outubro, só dêem trégua a partir de segunda-feira.

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